Habitação

Andrea Matarazzo: ‘Soluções para o drama da moradia’

Em artigo, vereador paulistano afirma que a questão precisa unir esforços das áreas de habitação, assistência social e segurança.

27/05/2016

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Andrea Matarazzo, vereador pelo PSD em São Paulo

 

 Um quarto da população de São Paulo vive em habitações precárias. São três milhões de pessoas em favelas, cortiços, invasões em áreas de mananciais e loteamentos não regularizados. É um drama gravíssimo, que precisa ser encarado de frente, principalmente em uma época de crise econômica, quando o problema só tende a piorar.

Hoje, o centro expandido tem a maioria de sua área regularizada, o que concentra a atividade econômica e os empregos. Mas milhões de pessoas moram na periferia, muitas em áreas sem regularização. A conseqncia são as 11 milhões de viagens diárias no transporte público, sucateando o sistema e fazendo com que milhões de paulistanos passem mais de duas horas por dia no ônibus, metrô ou trem.

A regularização fundiária resolveria metade da demanda por moradia e levaria empregos para a periferia, melhorando a qualidade de vida dos paulistanos. Quem mora em Itaquera, São Miguel ou Campo Limpo não sonha em viver no centro, mas quer que a cidade chegue até ele.

É preciso também retomar o projeto de urbanização de favelas, onde vivem um milhão de pessoas. Adequar um imóvel custa 20% menos do que construir uma nova unidade. Temos que priorizar as maiores concentrações, como Heliópolis e Paraisópolis, e as que apresentam risco, como na Vila Nova Cachoeirinha e Jardim Peri.

A reforma de cortiços é outra parte da solução. Há 2.300 dessas pensões precárias no centro, principalmente na Sé, Bela Vista e Glicério. Já há uma lei que obriga os proprietários a reformar os cortiços sem aumentar o aluguel em troca da regularização. Basta aplicá-la. É necessário ainda regularizar prédios populares, como os do Projeto Cingapura, e encontrar uma solução para os mais de 90 edifícios antigos invadidos do centro.

É uma questão séria e urgente, que precisa unir esforços das áreas de habitação, assistência social e segurança. É obrigação do prefeito prover com moradia digna aos paulistanos. Não basta discurso. É preciso planejamento, trabalho sério e dedicação.

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