Parceria

Acordo vai ampliar capacitação e inclusão digital de jovens

Ministro Gilberto Kassab assina acordo que amplia o recondicionamento de equipamentos eletrônicos e o número de jovens capacitados a trabalhar com materiais descartados por órgãos públicos

13/12/2017

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O ministro Gilberto Kassab: “O governo pode efetivamente crescer no que se refere à inovação e à reciclagem”.

 

Amplia o recondicionamento de equipamentos eletrônicos e o número de jovens capacitados a trabalhar com materiais descartados por órgãos públicos. Esse é o objetivo do acordo de cooperação que o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, assinou nesta quarta-feira (13) com a Associação Brasileira de Reciclagem e Inovação (Abrin).

Segundo explicou o ministro Kassab, com o acordo, “estamos ampliando e consolidando a parceria que temos com a Abrin, uma instituição que tem muita credibilidade e valor e trabalha com um custo muito baixo e grandes resultados para a sociedade brasileira”. O ministro afirmou que a divulgação da iniciativa é importante para que o Brasil saiba que, através de parcerias, “o governo pode efetivamente crescer no que se refere à inovação e à reciclagem”.

Ele destacou ainda que investir em inclusão digital é investir em inclusão social. “A partir do momento em que você atinge um número maior de brasileiros, em especial os que estão em segmentos sociais mais baixos, através da inclusão digital, contribui para a inclusão social.”

Para o secretário de Telecomunicações, André Borges, a parceria com a Abrin atende a uma das diretivas do governo, que é encontrar uma solução para a destinação adequada dos rejeitos. “Isso faz com que as políticas de inclusão social e de meio ambiente se encontrem. Esse acordo é um reconhecimento do trabalho e valor dessa entidade”, avaliou.

O MCTIC é o órgão responsável pela destinação dos eletroeletrônicos descartados pelo governo federal. Antes de dar início ao processo de descarte, os órgãos da administração pública federal devem informar a existência de equipamentos eletroeletrônicos e de informática disponíveis para reaproveitamento ao MCTIC, que, por sua vez, indica a instituição para receber os bens, de acordo com o Programa de Inclusão Digital do Governo Federal.

O MCTIC encaminha o material aos Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs) conveniados, espaços físicos adaptados para o recondicionamento de equipamentos eletroeletrônicos, que são destinados à revitalização de pontos de inclusão digital em todo o país.

Junto com o processo de recondicionamento, os CRCs realizam cursos e oficinas, visando à formação profissionalizante de jovens em situação de vulnerabilidade social com foco no processamento de equipamentos de informática usados. Depois de recondicionados, os equipamentos são doados para pontos de inclusão digital, como telecentros, escolas e bibliotecas públicas.

O CRCs também realizam o descarte correto do lixo eletrônico, combinando capacitações técnicas e gestão ambiental.

Inovação

De acordo com o diretor de Inclusão Digital da Secretaria de Telecomunicações do MCTIC, Américo Bernardes, o potencial multiplicador da parceria é enorme. “Nos últimos anos, tivemos a doação de 16 mil computadores. Só neste ano foram 4 mil doações de computadores e 5 mil jovens formados. Foram tratados de forma responsável 17 toneladas de lixo eletrônico. O tratamento responsável significa que esse material foi para a indústria de reciclagem em vez de parar em lixões ou indústrias paralelas. Ou seja, esse é um programa que o MCTIC, com muito esforço, quer ampliar ainda mais no ano que vem, criando condições de auto sustentabilidade”, explicou.

Segundo o presidente da Abrin, Vilmar Simion, o objetivo é contribuir para a implementação das políticas públicas voltadas para o setor ambiental, a inclusão digital e social e de inovação.

“O reuso está muito alinhado com o que a ONU propaga, que é reutilizar ao máximo esses equipamentos, sempre que possível. Esse acordo é um passo muito grande para que os centros de recondicionamento de computadores afiliados à Abrin sigam a legislação e façam o trabalho de maneira adequada. Daqui para frente, queremos aumentar o volume de jovens capacitados, de equipamentos que chegam até nós e, principalmente, o volume de tratamento do lixo eletrônico. Nosso objetivo é que tudo seja rastreado e catalogado para a população saber onde foi parar cada equipamento descartado por órgão público”, ressaltou.

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