Afif defende compulsório de bancos para financiar micro

Ministro da Micro e Pequena Empresa diz que essa é a solução para reduzir o custo do dinheiro para os pequenos

19/05/2015

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O ministro Guilherme Afif

O ministro Guilherme Afif: “Quero acabar com os juros de agiotas que são cobrados das pequenas empresas”

O ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif, voltou a defender nesta segunda-feira (18), em Belo Horizonte, o uso de parte dos depósitos compulsórios que os bancos fazem no Banco Central para fomentar o desenvolvimento das empresas de pequeno porte.

Afif, que esteve em Belo Horizonte participando de um evento que discutiu mudanças propostas para o Simples Nacional, já havia defendido a ideia no início de abril. Segundo ele poderiam ser disponibilizados cerca de R$ 41 bilhões para pequenos empresários. O compulsório é parte dos recursos dos bancos que, por lei, ficam depositados no BC, fora de circulação. Em março do ano passado, o volume total de dinheiro nessas condições alcançava R$ 420 bilhões.

A proposta do ministro é utilizar um percentual desses recursos para linhas de crédito de capital de giro para as micro e pequenas empresas. “É uma forma de diminuir o custo do dinheiro para o pequeno empreendedor”, disse Afif. Ele lembrou que atualmente os micro e pequenos empresários enfrentam grandes dificuldades para obter capital de giro: as linhas de crédito têm taxas de aproximadamente 40% ao ano.

Em entrevista ao Diário do Comércio, de Belo Horizonte, Afif descartou que a medida possa gerar inflação, já que o dinheiro vai para financiar a produção, não o consumo. “Eu não estou falando de crédito subsidiado, eu quero acabar com os juros de agiotas que são cobrados das pequenas empresas, porque grande parte delas se financia por cheque especial”.

Em Minas, Afif participou do evento “Seminário Regional – Simples Nacional”, que discutiu as alterações propostas pelo Projeto de Lei Complementar que trata do regime tributário das micro e pequenas empresa. O encontro foi na sede da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG). O projeto simplifica o atual sistema tributário e, com isso, estimula a formalização de empresas.

O evento foi Organizado pela Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa e pela comissão especial que analisa o projeto de lei. Os deputados federais querem discutir as mudanças em todas as capitais brasileiras antes de elas serem votadas.

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