INOVAÇÃO

BID fará no País o maior investimento em pesquisa de sua história

Financiamento de US$ 1,5 bilhão será aplicado no Brasil nos próximos cinco anos. Para o ministro Gilberto Kassab, operação será “um dos vetores do desenvolvimento da economia do país”

12/07/2018

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O ministro Gilberto Kassab: “Vamos ter esse projeto como um dos vetores do desenvolvimento da economia do país”

 

Edição: Scriptum

 

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) fará no Brasil o maior investimento em ciência, pesquisa e inovação de sua história. Um total de US$ 1,5 bilhão será aplicado ao longo dos próximos cinco anos. O aporte foi aprovado na tarde desta quarta-feira (11) pelo plenário do Senado Federal. Os recursos serão aplicados pela Empresa Brasileira de Inovação e Pesquisa (Finep), agência para financiamento de estudos e projetos vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Para o ministro Gilberto Kassab, “esses recursos do BID são muito importantes e em um quadro de retomada do crescimento, mais do que nunca, é necessário investir em inovação”. Para ele, “com a excelência do apoio da Finep e a capacidade de execução desses projetos vamos ter esse projeto como um dos vetores do desenvolvimento da economia do país”.

O montante captado via empréstimo será distribuído à Finep em até 60 meses, sendo que parte do valor, US$ 600 milhões, será disponibilizada para empréstimos ainda em 2018, a partir de setembro. Outros US$ 900 milhões serão liberados a partir desses primeiros desembolsos, em um prazo de até cinco anos.

Esta é a primeira vez que a Finep capta recursos no exterior. Entre os programas que serão apoiados com os recursos oriundos do empréstimo junto ao BID estão o Plano de Desenvolvimento e Inovação da Indústria Química (Padiq) e o Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação do Setor de Mineração e Transformação Mineral (Inova Mineral). Outros setores também serão beneficiados como o de biocombustíveis avançados, metal-mecânico, saúde, agronegócios (alimentos e bebidas) e de Tecnologias da Informação e Comunicação.

O BID ainda será coinvestidor em empresas inovadoras em estágio inicial e vai auxiliar, com recursos não reembolsáveis e apoio técnico especializado, no fortalecimento institucional da Finep e no desenvolvimento e aplicação de metodologias e processos para o monitoramento de resultados. Micro, pequenas e médias empresas de todos os setores também poderá receber recursos deste empréstimo do BID.

O presidente da Finep, Marcos Cintra, afirmou que acordo com o BID sinaliza novos rumos no relacionamento financeiro do país com o exterior. “O Brasil se reinsere nos fluxos de crédito e financiamentos internacionais com a assinatura. É uma clara demonstração de como o governo pretende potencializar todos os instrumentos disponíveis para alavancar seu crescimento econômico, além de um claro sinal de confiança internacional”, afirmou.

A negociação entre as partes duraram cerca de dois meses e meio. Em dezembro de 2016, foi definido o formato da operação em reunião na sede do MCTIC, em Brasília (DF), e apresentado à Comissão de Financiamento Externos (Cofiex) – órgão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão –, que liberou a captação de recursos do exterior.
Pelo acordo, caso as diferentes parcelas do total de US$ 1,5 bilhão sejam executadas antes dos períodos preestabelecidos, a Cofiex pode autorizar a Finep a adiantar a aplicação do restante dos recursos previstos para os anos subsequentes. O Banco Central e o Ministério da Fazenda são os avalistas da transação.

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