Tecnologia

Brasil lança dia 4 satélite que amplia velocidade da internet

Ministro Gilberto Kassab confirma lançamento de equipamento que vai proporcionar aumento significativo da banda larga no país, melhorando serviços públicos e a vigilância das fronteiras

28/04/2017

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O ministro Gilberto Kassab: “Isso significa levar, para além dos compromissos, 4G para municípios com população inferior a 30 mil habitantes”

 

Está confirmado para quinta-feira, 4 de maio, o lançamento do primeiro satélite nacional a concentrar uso civil e militar, fruto de parceria entre os Ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e da Defesa, com aporte de R$ 2,7 bilhões. A informação foi dada pelo ministro Gilberto Kassab esta semana, durante audiência na Câmara dos Deputados. O lançamento, antes previsto para março, havia sido adiado em razão de greve geral na Guiana Francesa, onde se situa a base de Kourou, do Centro Espacial da Guiana.

O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) terá um papel fundamental não somente para melhorar a segurança e velocidade da banda larga, mas para fiscalizar 17 mil quilômetros de fronteira do Brasil com 10 países sul-americanos. O SGDC vai estender o PNBL – Programa Nacional de Banda Larga – a todo o território nacional e beneficiar o setor aeroespacial. De acordo com o ministro Gilberto Kassab, “nós vamos colocar em órbita um satélite que vai proporcionar ao país um aumento significativo da sua capacidade de banda larga, um motivo de muita alegria para todos nós.”

O SGDC pesa 5,8 toneladas e tem 5 metros de altura. O equipamento ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico. Ele será operado por dois centros de controle, em Brasília e no Rio de Janeiro. Também há outros cinco gateways – estações terrestres com equipamentos que fazem o tráfego de dados do satélite – que serão instalados em Brasília, Rio de Janeiro, Florianópolis (SC), Campo Grande (MS) e Salvador (BA).

A fabricação pela Thales Alenia Space, em Cannes, na França, envolveu engenheiros e especialistas da Telebras, da Agência Espacial Brasileira (AEB) e da empresa Visiona. “Com esse satélite, o Brasil ficará completamente iluminado. Não haverá uma região sequer que não possa ser atendida, inclusive por uma competição entre as prestadoras, que vão explorar essa capacidade”, previu o secretário de Telecomunicações do MCTIC, André Borges.

Segundo ele, “isso significa levar, para além dos compromissos, 4G para municípios com população inferior a 30 mil habitantes, além de oferecer 3G para os distritos mais populosos das metrópoles, aliado a uma infraestrutura adequada para as comunidades, já que, mesmo em São Paulo, existem áreas sem a devida cobertura.”

Borges informou que o SGDC pode contribuir para o Plano de Conectividade Nacional, que revisa o Plano Nacional de Banda Larga, por meio de um diagnóstico da necessidade de internet em todas as regiões do país. “A missão que recebemos foi de promover uma expansão e uma clara e perceptível melhora do serviço de telecomunicações em geral, com foco, evidentemente, para banda larga e telefonia celular, mas sem esquecer as conquistas alcançadas em telefonia fixa. Por outro lado, outro grande objetivo é fazer uma transformação na política pública de telecomunicações, para colocar no centro dela uma camada essencial, que é a banda larga.”

Em complemento ao Plano de Conectividade Nacional, nas palavras do secretário, o MCTIC prepara uma política de estímulo a investimentos em data centers, seja por incentivos fiscais, apoio em logística ou facilitação de importação. “O Brasil só tem 1% da sua capacidade armazenada localmente. Então, a expansão do número de data centers é bastante necessária, deve economizar significativamente a necessidade e o custo dos links internacionais e permitir uma série de serviços em rede, através da nuvem.”

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