MOBILIDADE

Câmara debate os desafios do carro elétrico no Brasil

A pedido dos deputados Marcelo Matos e Hugo Leal, do PSD do Rio de Janeiro, audiência pública reuniu especialistas para falar sobre os entraves à adoção dos veículos elétricos no País

05/07/2018

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O deputado Marcelo Matos e a diretora do Mdic, Margarete Gandini.

 

Edição: Scriptum

 

Em audiência pública promovida nesta quarta-feira (4) pela Comissão de Viação e Transportes, a pedido dos deputados do PSD fluminense Marcelo Matos e Hugo Leal, especialistas em eletromobilidade falaram sobre os principais entraves para que o carro elétrico se popularize no Brasil.

De acordo com Marcelo Matos (PSD-RJ), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Eletromobilidade Brasileira, existem apenas 8 mil carros elétricos circulando no país. Esse dado está na contramão da indústria mundial, onde esse tipo de frota já soma 3 milhões de veículos. A China detém 40% desse mercado produtor e consumidor. “Nós temos que nos atualizar e não podemos ficar para trás. Temos que zerar os impostos e trazer a indústria para dentro do país, gerando emprego e credibilidade”, disse o parlamentar.

Thiago Sugahara, representante da Associação Brasileira de Veículos Elétricos, alerta que o Brasil precisa evoluir rapidamente na eletrificação dos carros, uma vez que o processo de substituição total dos veículos que usam gasolina ou diesel no mundo será finalizado nos próximos 10 ou 15 anos. “Que tipo de troca a indústria automotiva brasileira vai poder oferecer nas relações comerciais com outros países? Vamos continuar produzindo apenas veículos convencionais ou vamos competir com outros mercados?”, indagou.

O pesquisador da Unicamp Edgar Barassa, por sua vez, afirmou que há uma ausência de consenso ou política que defina claramente qual caminho da migração o país vai adotar. “Ainda não decidimos como vamos nos posicionar neste mercado, onde queremos ir e quais as metas queremos alcançar. Essa é a lacuna que estamos vivendo. As políticas que existem hoje estão diluídas. Precisamos aproveitar a janela de oportunidades nesta área”, disse.

Em contrapartida, a diretora do Departamento das Indústrias do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Margarete Gandini, adiantou que o governo trabalha no desenvolvimento de uma agenda público/privada desde o segundo semestre do ano passado. “Vamos lançar em novembro, após o período eleitoral, o Plano Nacional da Eletromobilidade. O governo considera esta pauta extremamente necessária”, adiantou.

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