AMBIENTE

Comissão aprova novo tipo de unidade de conservação

Proposta do deputado Vermelho (PSD-PR) em análise na Câmara tem por objetivo integrar e restaurar as relações socioeconômicas e turísticas nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná

18/04/2019

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O deputado Vermelho: objetivo é integrar e restaurar as relações socioeconômicas e turísticas nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.

 

Edição: Scriptum

 

Foi aprovado esta semana na Comissão de Viação e Transportes proposta do deputado federal Vermelho (PSD-PR) que cria a categoria de unidade de conservação denominada Estrada Parque e institui a Estrada Parque Caminho do Colono, no Parque Nacional do Iguaçu. O objetivo, explicou o deputado paranaense autor da proposta, é integrar e restaurar as relações socioeconômicas e turísticas nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.

Relator no colegiado, o deputado Hugo Leal (PSD-RJ) concordou com o argumento do autor, para quem o projeto “corrige uma histórica injustiça e resgata a história e as relações socioeconômicas, ambientais e turísticas da região”.

Segundo o texto, a estrada será implantada no leito histórico do Caminho do Colono, situado entre o km zero e o 17,5 da PR-495, antiga BR-163. Esse trecho está fechado por decisão judicial desde 2003.

O deputado Vermelho argumenta que a proposta vai muito além da resolução de um problema de logística no Estado do Paraná. “Este projeto corrige uma histórica injustiça que foi o fechamento da Estrada do Colono, além de atender ao clamor social de décadas do povo paranaense e de resgatar a história e as relações socioeconômicas, ambientais e turísticas da região”, diz Vermelho.

A polêmica em torno da estrada é antiga. De acordo com informações do governo do Paraná, o caminho existe desde 1924. O trecho liga os municípios de Serranópolis e Capanema. Sem a estrada, os moradores dessas localidades teriam de percorrer um caminho de 200 quilômetros para ir de uma cidade a outra, contornando o parque.

Leal ponderou que, historicamente, milhares de quilômetros de rodovias foram abertas na imensidão das florestas brasileiras, enquanto que, segundo ele, o Estado do Paraná, no que se refere à Estrada do Colono, não conseguiu o mesmo êxito. “Dos Pampas ao Cerrado, da Mata Atlântica à Caatinga houve a implantação de infraestrutura rodoviária. A Transamazônica surgiu em meio a reservas indígenas, terras públicas e privadas, assim como o conjunto de rodovias que compõe a Belém-Brasília, que corta a Floresta Amazônica”, exemplificou.

No entanto, prosseguiu o parlamentar fluminense, “o Estado do Paraná tem que conviver com as injustiças, a mesquinharia e o egoísmo em desfavor de um pequeno, mas importante e histórico traçado rodoviário”.

O projeto será agora analisado conclusivamente pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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