ELEIÇÕES 2018

“É preciso ampliar a participação feminina”, afirma Alda

Apesar do aumento no número de deputadas eleitas, a coordenadora nacional do PSD Mulher avalia que é necessário lutar por mais representantes nos parlamentos brasileiros

15/10/2018

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Alda Marco Antonio: “Se não houver militância feminina, as leis não mudarão a favor das mulheres. O pensamento feminino faz falta”

 

Edição: Scriptum

 

As eleições de domingo (7) registraram aumento do número de deputadas na Câmara Federal e nas assembleias legislativas, mas ainda há um longo caminho a percorrer até que as mulheres ocupem espaço equivalente ao dos homens no cenário político do País. Essa é a avaliação da coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, que destaca as mudanças na legislação eleitoral entre os fatores que contribuíram para esse crescimento da bancada feminina.

Na Câmara Federal, a próxima legislatura contará com 77 deputadas, o que representa 15% do total de cadeiras (513). Atualmente, são 51 mulheres, 10% do total. Entre as eleitas, 43 ocuparão o cargo pela primeira vez.

Ivana Bastos foi destaque na Bahia

O número de mulheres que conquistaram vagas nas assembleias legislativas passou de 119 para 161, aumento de 35% em relação às eleições de 2014. “Há uma nova legislação que obriga os partidos políticos a destinarem, no mínimo, 30% do volume de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e 30% do tempo de TV para as candidatas. Então, houve um incentivo legal, com recursos para as campanhas e tempo de televisão”, explica Alda.

Ela menciona como exemplos de mulheres que se destacaram na corrida eleitoral a pastora e cantora evangélica, Flordelis dos Santos de Souza, do PSD do Rio de Janeiro, eleita deputada federal com a quinta maior votação no Estado. Outras lideranças do PSD Mulher garantiram espaço nas assembleias legislativas de seus respectivos Estados, entre elas Edna Auzier, no Amapá, Ivana Bastos, na Bahia, e Patrícia Aguiar, no Ceará.

Patricia Aguiar foi eleita deputada estadual no Ceará

Alda também cita lideranças que concorreram à Câmara dos Deputados por outros partidos e tiveram bom desempenho nas urnas. Entre as eleitas, destaca Joênia Wapichana (Rede), de Roraima, que será a primeira deputada federal indígena da história da Casa, e Tabata Amaral (PDT), jovem da Vila Missionária, bairro periférico da Zona Sul de São Paulo, que obteve a sexta maior votação entre os candidatos a deputado federal no Estado.

No Senado, não houve alteração em relação ao pleito de 2010, quando dois terços da Casa foram renovados. Assim como naquele ano, foram eleitas sete senadoras.

“Nossa luta é para ampliar esses direitos garantidos pela legislação e a presença das mulheres na vida partidária. As propostas que se transformam em projetos de lei nascem dentro dos partidos, então, se não houver militância feminina, as leis não mudarão a favor das mulheres. O pensamento feminino faz falta”, frisa Alda.

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