MAIO AMARELO

É preciso investir na educação para o trânsito

Autor da Lei Seca, deputado Hugo Leal (PSD-RJ) diz que é importante insistir no processo de educação dos brasileiros e especialmente na maior conscientização dos jovens

08/05/2018

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Edição: Scriptum

 

Embora o número de mortes causadas por acidentes de trânsito tenham diminuído em 20% entre 2010 e 2016, o deputado Hugo Leal (PSD-RJ), autor da Lei Seca e presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, acredita que é preciso insistir no processo de educação dos brasileiros, especialmente na maior conscientização dos jovens.

Para ele, “a Lei Seca tem contribuído para a redução, mas sozinha não faz milagre. São necessárias ações conjuntas, pois segurança viária não é só questão de álcool e direção, apesar de ser um componente imponente no debate da sociedade e no processo de conscientização. Mas também são muitas as mortes causadas por excesso de velocidade, uso do celular ao volante, falta de equipamentos de segurança”.

Dados preliminares do Ministério da Saúde apontam que as internações por acidentes no trânsito cresceram 23,5% entre 2010 e 2016. Na tentativa de frear essa triste realidade, o Movimento Maio Amarelo alerta para ações que visem a redução das incapacidades e mortes em acidentes de trânsito.

Como apoio à campanha, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, a Esplanada dos Ministérios e a Catedral de Brasília ganharam a iluminação amarela para relembrar a necessidade de mais atenção no trânsito. O Maio Amarelo é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. Este ano, o tema do Maio Amarelo é “Nós somos o trânsito”.

Para o deputado Hugo Leal, a redução dos casos fatais provocados por acidentes de trânsito está associada à mudança de hábitos dos brasileiros, com o aumento do rigor da legislação maior punição no bolso de quem a desobedece.

O parlamentar também destacou o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente da República em janeiro deste ano. O principal objetivo é reduzir pela metade o número de mortes em dez anos. “Esse plano leva a todos os entes federativos (União, Estados e municípios) um compromisso de reduzir os acidentes no trânsito. A cobrança de redução será a partir de metas, ações e objetivos de cada estado ou município”.

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que o Brasil ainda é o quinto país no mundo mais violento no trânsito, com 234 mortes por ano a cada 100 mil veículos, atrás de Índia, China, Estados Unidos e Rússia. Mas, quando se trata de acidentes envolvendo motos, o Brasil é o segundo com mais mortes: 7 casos de óbito para cada 100 mil habitantes, perdendo apenas para o Paraguai, que tem 7,5 mortes para cada 100 mil habitantes.

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