Economia

É preciso reconquistar a confiança em nosso futuro, diz Meirelles

O ministro da Fazenda participou, em São Paulo, de encontro com empresários e defendeu as medidas do governo para conter os gastos públicos

30/05/2016

FacebookWhatsAppTwitter
São Paulo - O ministro da Fazenda Henrique Meirelles, durante evento promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil, na capital paulista (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Meirelles durante evento promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil na capital paulista.

 

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, participou nesta segunda-feira (30) de encontro com empresários promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB), em São Paulo, onde afirmou que as ações para equacionar as contas públicas, com o objetivo de reduzir substancialmente as despesas públicas como proporção do PIB nos próximos anos, são um meio para trazer de volta ao mercado de trabalho os 11 milhões de brasileiros desempregados. Ele afirmou ainda que esse esforço permitirá reduzir as dúvidas dos empresários quanto ao futuro de seus negócios e, também, a insegurança dos trabalhadores.

O ministro lembrou que mesmo os assalariados que estão empregados sentem-se inseguros quanto ao seu futuro. “Isso leva a um comportamento conservador. Todos estão inseguros”, disse. “No momento em que se restaure a confiança, teremos um processo gradual de retomada do consumo, das vendas, do emprego e finalmente, aumento da arrecadação”, disse. Para ele, a retração da atividade econômica levou à redução das receitas com impostos.

Meirelles tratou também da questão da Previdência, lembrando “que o mais importante é que todos tenham segurança de que receberão suas aposentadorias no seu devido tempo, garantindo a solvência a longo prazo da Previdência Social”.

De acordo com ele, é possível tratar desse assunto com congressistas, dado que todos concordam que a expectativa média de vida de um brasileiro há algumas décadas era muito menor do que a atual. ”É preciso, no entanto, respeitar a vontade da sociedade”, destacou, afirmando ainda que nenhuma medida relativa à Previdência foi anunciada porque as alterações estão sendo discutidas em um grupo de trabalho com sindicalistas, especialistas e congressistas. “Isso vai ser discutido com a sociedade de forma realista, prática e transparente. Vamos discutir com calma e tranquilidade.

O mais importante, em sua avaliação, é que o país volte a gerar empregos e crescimento da renda. “O país precisa crescer, o país precisa em primeiro lugar voltar a uma trajetória onde pessoas voltem a ter confiança, a obter emprego, que os bancos tenham condições de emprestar mais”, disse.

FacebookWhatsAppTwitter

  0 Comentários

FacebookWhatsAppTwitter