Em debate, cota para mulheres no Congresso

Em evento promovido pelo Espaço Democrático, palestra de ativista da causa da mulher mostra números sobre a fraca representação feminina nos parlamentos e defende criação de cotas de cargos eletivos no Poder Legislativo

21/05/2015

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Encontro mulheres cota

A advogada Karina Kufa; a coordenadora do PSD Mulher, Alda Marco Antonio; e a secretária Ivani Boscolo.

No Brasil, a participação feminina na atividade política ainda é muito pequena e, por isso, o País precisa estabelecer cotas para garantir espaço às mulheres nos parlamentos (Senado, Câmara dos Deputados, assembleias e câmaras municipais). Essa foi a opinião defendida pela advogada e ativista da causa da mulher, Karina Kufa, em palestra no 5º Encontro Democrático, série de eventos que o Espaço Democrático, fundação do PSD para estudos e formação política, vem realizando para debater temas relevantes para a sociedade brasileira.

De acordo com Karina, cuja proposta teve apoio da maioria das mulheres presentes, as cotas se constituem numa ação afirmativa que precisa existir para que haja equilíbrio na sociedade. “Elas existem em mais de 45 países, que usam esse recurso para buscar e garantir a igualdade na representação política”.

Para ela, é vergonhoso o fato de o Brasil ter representação feminina tão pequena na atividade política. “O Brasil está em 120º lugar no ranking da ONU que mede o índice de mulheres nos parlamentos, perdendo até mesmo para países islâmicos, onde os direitos femininos são bastante restritos”, explicou, lembrando que, na América Latina, o Brasil só está à frente do Panamá. “Entre os países latino-americanos, o índice médio de participação das mulheres nos parlamentos é 22%, sendo que na Argentina e na Costa Rica esse percentual chega a 38%, muito acima, portanto, dos 10% que temos aqui em nosso País”, completou.

Veja em vídeo o depoimento das participantes do encontro:

Um passo adiante

A proposta de Karina é que, no âmbito da reforma política, seja criada a cota de representação, estabelecendo-se um percentual mínimo de cargos eletivos que obrigatoriamente seriam ocupados por mulheres. “Hoje temos a cota de gênero nas candidaturas, sendo obrigatório que cada partido tenha ao menos 30% de mulheres entre seus candidatos. A cota de representação seria um passo adiante”, explicou.

O 5º Encontro Democrático foi conduzido pela coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, e teve a presença de diversas integrantes do movimento, como a secretária Ivani Boscolo e a vice-coordenadora Adriana Flosi, presidente da Associação Comercial de Campinas. Também participaram lideranças políticas como a deputada estadual Rita Passos (PSD-SP) e as vereadoras de São Caetano do Sul, Magali Pinto e Rosana Maiotto.

Para Alda, a palestra de Karina Kufa foi mais um passo na luta pela ampliação do espaço das mulheres na política e uma oportunidade para discutir a reforma política que está sendo pretendida  no Brasil. Segundo ela, “as mulheres têm muito interesse na reforma, porque nos sentimos absolutamente prejudicadas pela maneira como se faz política hoje no Brasil; é muito difícil para uma mulher se eleger”. Por isso, continuou, “nós sabemos que qualquer que seja a reforma, se não contemplar cotas de mulheres eleitas, para nós não vai ter serventia”.

Igualdade de condições

A tese, porém, não teve apoio unânime. A deputada estadual Rita Passos defendeu ideia oposta, afirmando que “as mulheres não são inferiores e, se queremos igualdade na representação, temos que lutar nas mesmas condições”. Ela reconheceu, porém, que a falta de apoio da família às mulheres que querem participar da política ainda é um problema no País, assim como a falta de estímulo a essa participação ao longo do processo educacional.

Por sua vez, a vice coordenadora do PSD Mulher, Adriana Flosi, disse que o estabelecimento de cotas para mulheres nos parlamentos vem despertando interesse em todo o mundo, como ela pôde observar em recente participação no Global Summit of Women, encontro realizado em São Paulo com a presença de mais de 1.000 mulheres, vindas de 60 países.

Adriana defendeu ainda a proposta de que sejam adotadas iniciativas para estimular as mulheres que estão hoje em cargos de comando nas empresas a apoiar de forma mais efetiva as candidaturas femininas. “É sabido que as mulheres têm mais dificuldade para obter doações para campanhas eleitorais, as empresas preferem apoiar os candidatos masculinos​. Por isso, as mulheres executivas precisam dar mais apoio à nossa causa”, afirmou.

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  3 Comentários

  • chirley viana disse:

    Bom Dia!

    Gostaria de me filiar-se.
    Como faço?

    Att.

    Chirley Viana

  • Marla Soares disse:

    Olá Sou Líder de Mulheres.
    E eu quero t direciorar 4 Passos p/ VC possuir suas promessas:
    1- Lute contra o sentimento d baixa estima.(deixe d se sentir fracas e incapazes, meninas com Deus vcs podem tudo, basta VC acreditar e ir a luta)
    2- Vá em Direção ao seu Sonho, Tenha um alvo!(eu por explo desejo ser uma representante Nacional do nosso Pais no Congresso) Não desista nunca!É HR d seguir MOS em frente .
    3-Comesse a se Mover: Parada, só sonhando e não perseverando, se movimentando , VC nunca vai chegar em lugar nenhum.(Pare d dar ouvidos as pessoas erradas, pessoas q não tem visão d vitorioso) e em 4 lugar…
    …4- Exerça a plenetude de Autoridade d ir sem temer!

    Conclusão: Quando nós temos esse chamado, somos capazes d conquistar, de passar pelos problemas, sem q eles nos vençam.
    E sob todas as coisas, VC seja + Q Vencedora!

    Eu quero me filiar a esse partido!

  • Marla Soares disse:

    Queridas amigas,
    Quero q saiba, q me coloco a disposição para q juntas viemos trabalhar pelos direitos Femininos dentro do nosso País.
    Dra Karina Kufa, Coordenadora do PSD Mulher: Alda Marco Antonio; e a Secretária Ivani Boscolo a vice-coordenadora Adriana Flosi, presidente da Associação Comercial de Campinas.
    Também a deputada estadual Rita Passos (PSD-SP) e as vereadoras de São Caetano do Sul, Magali Pinto e Rosana Maiotto.
    Estamos juntas!
    Att,
    Marla Soares.

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