CULTURA

Em discussão, o forró como patrimônio cultural brasileiro

A Comissão de Cultura da Câmara, presidida pela deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG), está discutindo o registro do ritmo musical nordestino, mas faltam recursos para as pesquisas

18/06/2018

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Raquel Muniz, presidente da comissão, vai lutar pelo reconhecimento

 

Edição: Scriptum

 

O reconhecimento do forró como patrimônio cultural do Brasil está em discussão na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, presidida pela deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG). O processo foi iniciado em 2011, mas está parado por falta de recursos no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A coordenadora do Iphan, Marina Duque, lembrou que, para alguma manifestação ser declarada patrimônio nacional, primeiro é preciso fazer um inventário, atividade que está acima da capacidade financeira do Iphan. “O custo de uma pesquisa antropológica é muito alto para que a gente possa identificar como o forró se desenvolveu em diferentes locais do País. O projeto começou a ficar grande demais e isso inviabilizou os trabalhos”, explicou.

Segundo ela, “o primeiro orçamento que foi feito para registrar as matrizes tradicionais do forró ficou em torno de R$ 1,5 milhão. O Iphan tem um orçamento na coordenação de identificação e registro de aproximadamente R$ 1 milhão por ano para tratar de inúmeros projetos, ficou completamente inviável.”

Marina Duque elogiou a atuação do Fórum Nacional do Forró, que está angariando verbas e realizando encontros de mobilização, o que demonstra, segundo ela, o interesse da comunidade em prol do registro.

Durante a audiência pública, que reuniu parlamentares, representantes de universidades, mais de 30 grupos de forró e estudiosos do tema, a presidente da comissão, Raquel Muniz, se colocou à disposição para reunir forças para conseguir recursos para que o forró se torne, finalmente, patrimônio cultural brasileiro.

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