Telebrasil 2017

Empresas estão confiantes na retomada do crescimento

Ministro Gilberto Kassab defende a atualização das regras para o setor e diz que o governo estuda ações para destravar investimentos e aumentar a cobertura do serviço de internet

20/09/2017

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O ministro Kassab: “Ao entrar nesse último ano de governo, queremos avançar o máximo possível e atender aos objetivos que são corretamente colocados nesse documento”

 

Ao participar da abertura do Painel Telebrasil 2017, evento que reúne em Brasília os principais executivos do setor, além de representantes do governo e especialistas, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou na terça-feira (19) que as empresas de telecomunicações estão confiantes na retomada do crescimento da economia do país.

Para ele, “é surpreendente a confiança que elas demonstram na retomada do crescimento e na manutenção da melhora. Isso é muito bom”. O ministro recebeu das empresas a “Carta de Brasília 2017”, documento que propõe ao governo mudanças regulatórias com o objetivo de destravar investimentos e aumentar a cobertura do serviço de internet.

Gilberto Kassab defendeu a atualização das regras para o setor e citou o projeto que revisa a Lei Geral de Telecomunicações. A proposta foi aprovada pela Câmara e aguarda análise pelo Senado. “Posso afirmar a vocês que essa carta é um roteiro para as ações do nosso Ministério. Ao entrar nesse último ano de governo, queremos avançar o máximo possível e atender aos objetivos que são corretamente colocados nesse documento”, pontuou.

Internet das Coisas

O secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, apresentou os resultados do estudo técnico “Internet das Coisas: Um Plano de Ação para o Brasil”, que servirá de base para o Plano Nacional de IoT (do inglês, Internet of Things), previsto para ser lançado ainda este ano. A pesquisa faz parte de um acordo firmado em dezembro de 2016 entre o MCTIC e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O estudo identificou quatro frentes prioritárias onde a tecnologia de conexão de máquinas e objetos tem um grande potencial de uso: Cidades, Saúde, Agronegócio e Indústria. A ideia é que a IoT possa ser usada, por exemplo, para melhorar a gestão de recursos, criar soluções inteligentes para mobilidade e segurança pública, além de aumentar a competitividade da economia e fortalecer as cadeias produtivas nacionais.

Dentro dessas frentes, a pesquisa também aponta quatro áreas que demandam ações importantes para a evolução da Internet das Coisas no país: capital humano, inovação e inserção internacional, aspectos regulatórios e infraestrutura de conectividade.

Nessas áreas estão previstas ações de governo com o objetivo de ampliar a força de trabalho qualificada em IoT; aprimorar modelos de remuneração, financiamento e contrato para serviços públicos; a criação de um marco regulatório para proteção de dados pessoais; e ampliar a oferta de redes de comunicações para suportar a demanda pelos serviços.

Martinhão destacou que a estimativa do estudo é que a Internet das Coisas criará 2,5 bilhões de oportunidades de empregos no mundo. “Se o Brasil tiver capital humano capaz de atrair esses empregos, teremos uma grande oportunidade de desenvolvimento para o país”, afirmou.

Com grande participação do ecossistema de Internet das Coisas no Brasil, o estudo contou com 4.600 convites para um grupo de engajamento digital, mais de 2.200 contribuições na consulta pública realizada pelo BNDES e MCTIC entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017; 380 especialistas consultados; cerca de 100 entrevistas e 80 horas de workshops com especialistas no tema. A pesquisa foi realizada por um consórcio escolhido em chamada pública, liderado pela McKinsey, com participação do CPqD e da Pereira Neto Macedo Advogados.

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