TRANSPORTES

Especialistas debatem estímulos à mobilidade ativa nas cidades

Debate realizado a pedido do deputado Hugo Leal (PSD-RJ) cobra investimentos em infraestrutura, como a ampliação de ciclovias, alargamento das calçadas e mais bicicletas compartilhadas

27/06/2018

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O deputado Hugo Leal: “Os recursos que são investidos em mobilidade de carros precisam ser direcionados para a mobilidade ativa”

 

Edição: Scriptum

 

Debate realizado a pedido do deputado Hugo Leal (PSD-RJ) cobra investimentos em infraestrutura, como a ampliação de ciclovias, alargamento das calçadas e mais bicicletas compartilhadas

Oferecer aos cidadãos uma alternativa de mobilidade ativa acessível a todas as classes pode ser decisivo para o aumento da qualidade de vida nas cidades. Essa foi uma das ideias defendidas em debate promovido nesta terça-feira (26) pela Comissão de Viação e Transportes. Mobilidade ativa ou mobilidade não-motorizada são termos usados para definir locomoção por bicicleta, a pé, de patins ou skate.

Hugo Leal, autor do requerimento de discussão, lembrou que “as cidades são feitas para as pessoas. A gente perdeu essa lógica e o importante hoje são os viadutos e túneis. Os recursos que são investidos em mobilidade de carros precisam ser direcionados para a mobilidade ativa”.

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Meio Ambiente indicam que, atualmente, 41% dos deslocamentos em Brasília são feitos com carro — é o índice mais alto de todo o Brasil.

Mais do que sugerir boas ideias para o setor, os especialistas no assunto cobraram investimentos em infraestrutura, como a ampliação de ciclovias, alargamento das calçadas e expansão no sistema de bicicletas compartilhadas.

De acordo com o supervisor de Relações Institucionais da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, Allan Sicsic, o governo precisa acabar com a cultura do carro. “É importante oferecer para o cidadão essa opção de mobilidade ativa, que precisa ser adequada para todo mundo, ou seja, acessível para quem tem alta ou baixa renda, como oferecer um vestiário ou chuveiro no trabalho para quem se desloca a pé ou de bike”, explicou.

A coordenadora de Desenho Urbano e Mobilidade da Iniciativa Bloomberg para a Segurança Global no Trânsito, Hannah Macedo, conta que caso as pessoas entre 15 a 50 optassem pela mobilidade ativa, por ano, seriam economizados R$ 34 milhões em tratamentos no SUS. “Se as pessoas passam a se deslocar a pé ou de bicicleta elas estão fazendo atividade física, mas isso precisa ser acompanhado de medidas e investimentos que visem à segurança e o conforto dessas pessoas”, afirmou.

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