MOBILIDADE

Frente parlamentar vai estimular uso de veículos elétricos

Coordenados por Marcelo Matos (PSD-RJ), 190 deputados e 10 senadores lançam nesta quinta frente para apoiar desenvolvimento da indústria brasileira de veículos movidos a eletricidade

15/05/2018

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O deputado Marcelo Matos: “Os veículos elétricos são uma opção barata e não poluente de transporte e nosso país ainda está muito atrasado neste aspecto.”

 

Edição: Scriptum

 

Coordenada pelo deputado federal Marcelo Matos, do PSD do Rio de Janeiro, a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Eletromobilidade Brasileira será lançada nesta quinta-feira (17), em Brasília, no Salão Nobre da Câmara. Composto por 190 deputados e 10 senadores, o grupo busca estimular o desenvolvimento da indústria automotiva brasileira de veículos elétricos.

Segundo Marcelo Matos, os parlamentares pretendem sugerir propostas que incrementem o mercado interno, estabelecendo incentivos para o desenvolvimento tecnológico e de infraestrutura. A solenidade será realizada no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, às 9h30.

“Os veículos elétricos são uma opção barata e não poluente de transporte e nosso país ainda está muito atrasado neste aspecto. Vamos correr atrás desta aposta em um futuro de mais desenvolvimento e mobilidade para todos nós!”, disse Matos.

A discussão sobre a eletromobilidade vem ganhando espaço em todo o mundo, especialmente em razão das demandas de governos e consumidores por mais sustentabilidade e segurança na área de transportes, o que tem obrigado a indústria automobilística a buscar soluções tecnológicas que atendam a essas necessidades.

O Relatório Global sobre Veículos Elétricos (Global Electric Vechicle Outlook 2017), lançado pela Agência Internacional de Energia (IEA International Energy Agency), mostra que as vendas de veículos elétricos em 2016 alcançaram novo recorde mundial, chegando a 750 mil unidades vendidas. Além da China e dos Estados Unidos que lideram o ranking, a Noruega alcançou números significativos naquele ano, se responsabilizando por 29% das vendas. Com isso, o estoque global de carros elétricos ultrapassou 2 milhões de veículos em 2016, ou seja, o dobro do ano de 2015 que foi de 1 milhão de unidades.

No Brasil, os números são modestos, mas também há avanços. De acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), o número de carros elétricos no país dobrou entre 2013 e 2015, quando alcançou a marca de 4,7 mil unidades, mas as expectativas são de que esse número cresça rapidamente, principalmente por conta da redução de impostos anunciada pelo governo. Para se ter dimensão do que vem por aí, a previsão da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), que visa promover a utilização de veículos elétricos no Brasil, é que o setor atinja ao menos entre 30 e 40 mil unidades nas ruas até 2020.

 

Durante a gestão do prefeito Gilberto Kassab, São Paulo ganhou, em 2012, a primeira frota de táxis híbridos do país

 

Durante a gestão do prefeito Gilberto Kassab, São Paulo ganhou, em 2012, a primeira frota de táxis híbridos do país, com os primeiros 20 veículos de um lote previsto para chegar a 116 automóveis. Equipados com tecnologia que combina dois motores, um elétrico e outro a combustão, eles lançam 40% menos poluentes no ar da cidade do que os modelos convencionais.

Além disso, Prefeitura de São Paulo divulgou no final de abril deste ano os editais da licitação que vai regular o futuro do sistema de transporte coletivo municipal. O texto estabelece, entre outros itens, os cronogramas anuais com as metas de corte de poluentes que serão exigidas pelos concessionários ao longo de 20 anos.

Na prática, se cumpridas, essas metas levarão à troca da maior parte da atual frota a diesel por ônibus (14.400 unidades) por veículos elétricos e híbridos, ou movidos a outras tecnologias de energia renovável.

A lei fixou um prazo de dez anos para que o transporte coletivo de São Paulo corte em até 50% atuais emissões de CO2 e um prazo de 20 anos para zerar todas as emissões, incluindo MP (material particulado) e NOx (óxidos de carbono), grande vilão na qualidade do ar.

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