TECNOLOGIA

Kassab anuncia mais recursos para o projeto Sirius

Em entrevista à Folha de S. Paulo, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações fala sobre liberação de R$ 70 milhões para conclusão da primeira etapa da obra

21/09/2018

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O ministro Gilberto Kassab visita as obras do Sirius: “Temos conseguido dar prioridade a esse projeto”

 

Edição: Scriptum

 

Apesar das dificuldades enfrentadas pelo governo brasileiro para cumprir seus compromissos financeiros, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) vem registrando conquistas importantes. Em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira (21), o ministro responsável pela pasta, Gilberto Kassab, citou como exemplo a liberação de R$ 70 milhões para conclusão da primeira etapa da construção do projeto Sirius, acelerador de partículas brasileiro que, em alguns aspectos, será o melhor do mundo.

“Nada pode parar. Temos tido uma boa convivência com o Ministério do Planejamento. Nesses últimos anos, as deduções (do MCTIC) foram menores que as dos demais ministérios”, disse à Folha o ministro Gilberto Kassab.

O projeto Sirius – no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP) –, que ao todo deve custar cerca de R$ 1,8 bilhão, permitirá que o Brasil assuma posição internacional destacada nos estudos que dependem desse tipo de dispositivo, como os que envolvem a visualização em altíssima resolução de estruturas de vírus e proteínas (de olho em novas vacinas), de solo (com a ideia de aprimorar fertilizantes) e de rochas e de novos materiais (para melhorar a exploração de gás e petróleo), por exemplo.

Com a liberação anunciada, será possível concluir a obra civil (são 68 mil m², tamanho similar ao de um estádio de futebol) e finalizar a montagem dos três aceleradores que compõem o Sirius. Com o aporte, serão R$ 134 milhões destinados ao projeto em 2018. O total já investido soma R$ 1,29 bilhão.

Durante visita ao CNPEM, em junho passado, Kassab já havia reafirmado: “Volto a dizer que o governo brasileiro não faltará para que o cronograma seja mantido. Apesar de uma conjuntura econômica extremamente difícil, uma situação orçamentária bastante complicada, temos conseguido dar prioridade a esse projeto. Não apenas com esses R$ 800 milhões que foram aqui investidos, mas com nosso compromisso de trazer os recursos que faltam para que a gente possa fazer esse cronograma ser mantido”, ressaltou o ministro.

Ele destacou o potencial do acelerador de luz síncrotron para o desenvolvimento da ciência e para a economia do país. “Todos os setores, indistintamente, dependem dos avanços da pesquisa e da ciência no Brasil. Na área da saúde, inquestionavelmente, mas também na agricultura e na indústria. Tenho certeza absoluta de que teremos, aqui, diversos laboratórios, que estão sendo implantados ou que já estão trabalhando. A integração com setores da nossa economia e com as principais universidades brasileiras vai promover um grande salto no desenvolvimento da ciência brasileira.”

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