São Paulo

Limeira terá ações de prevenção e tratamento do Alzheimer

Projeto do vereador dr. Marcelo Rossi (PSD) foi aprovado por unanimidade na Câmara da cidade, estabelecendo as bases para uma política pública municipal contra a doença

17/03/2017

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O autor da proposta é o vereador dr. Marcelo Rossi (PSD).

 

A Câmara Municipal de Limeira, cidade de 300 mil habitantes do interior de São Paulo, deu aval a um projeto de lei que trata de um tema debatido mundialmente: a doença de Alzheimer. O autor é o vereador dr. Marcelo Rossi (PSD). O texto estabelece parâmetros, atribuições e objetivos para a instituição de política pública municipal de prevenção e tratamento.

De acordo com o vereador, a aprovação da lei é fundamental, pois a inexistência de legislação específica dificultava a busca por recursos de outras instâncias de governo e parcerias com entidades e universidades para essa finalidade.

Na terça-feira (14), com recursos próprios, o parlamentar embarcou para Rio Branco, no Acre, onde se reuniu com a presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), Maria Leitão. Ele conheceu o projeto pioneiro de referência sobre a doença. “Com a aprovação da lei municipal, plantamos a semente para que Limeira tenha um Centro de Referência de Tratamento e Prevenção da Doença do Alzheimer. Essa é minha meta”, afirma Rossi.

A lei de sua autoria prevê o início dos trabalhos a partir da estrutura já existente na Prefeitura, com equipe multidisciplinar formada por médicos, psiquiatras, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais. “A lei, depois de sancionada, garante instrumentos para trabalharmos, junto ao Executivo, medidas como Oficina da Memória, Dedinho de Prosa, Ginástica para o Cérebro, Cuidando de Quem Cuida, entre outros”.

Dr. Marcelo Rossi, que é geriatra, defende ações integradas entre as secretarias de Cultura, Esportes e Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom). “Seriam medidas para que as pessoas mantenham a mente ocupada, o que ajuda na prevenção do Alzheimer e outras doenças degenerativas. Isso, principalmente nos grupos de Terceira Idade, seria um grande passo para enfrentarmos esse mal que afeta idosos, familiares e a sociedade”, declara.

Também considera necessárias parcerias entre o município e instituições de ensino e entidades para campanhas de incentivo ao diagnóstico precoce, palestras e orientações aos familiares e cuidadores. Na próxima semana, dr. Marcelo Rossi deve agendar reunião com o prefeito Mário Botion (PSD), com o vice-prefeito Júlio César Pereira dos Santos e com o secretário municipal de Saúde, Gerson Hansen Martins, para tratar dos preparativos para a implantação da lei.

Atrofia

Conhecida como mal de Alzheimer, a doença provoca atrofia do cérebro, levando à demência. Muitas vezes os sintomas iniciais, como perda da memória e confusão mental, são vistos como características do envelhecimento, o que retarda a busca por ajuda, adia o tratamento e agrava as consequências.

Além da interferência na vida dos pacientes, seus efeitos refletem na dinâmica familiar. Somado ao impacto emocional, há reflexos econômicos, pois há casos em que uma pessoa da família precisa abandonar as atividades profissionais para cuidar do paciente.

Se diagnosticada no início, é possível retardar o avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família. “Portanto, devido à complexidade da Doença de Alzheimer e à possibilidade de controlar sua evolução, são necessárias políticas específicas nos serviços de saúde”, finaliza.

Idosos

Em um período de 50 anos, Limeira deve passar de 149 mil habitantes, registrados em 1980, para 307 mil em 2030. Enquanto a população total tende a dobrar, o número de pessoas com 60 anos ou mais será sete vezes maior nesse intervalo.

A previsão é que, em 2030, a cidade tenha mais idosos do que crianças e adolescentes com até 14 anos. Os dados aparecem no Perfil Demográfico de Limeira, elaborado pela Consultoria Técnica Especializada da Câmara Municipal, a partir de levantamentos do IBGE e Fundação Seade.

Os cálculos indicam 67.325 idosos em 2030, ante 9.250 em 1980. Hoje já são 40.932. O número futuro é maior que a quantidade projetada de 46.526 habitantes com até 14 anos.

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