Economia

Meirelles defende redução do juro do cheque especial

Para o ministro da Fazenda, as taxas cobradas sobre o saldo negativo estão elevadas e devem ser reduzidas. Ele apoiou iniciativa dos bancos, que estudam autoregulação para esse tipo de crédito

17/01/2018

FacebookWhatsAppTwitter

O ministro Henrique Meirelles: “A Fazenda está contribuindo para o debate, mas não há nenhuma medida especifica já definida” Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

Edição: Scriptum

 

Para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, as taxas de juro cobradas sobre o saldo negativo dos cheques especiais estão elevadas e devem ser reduzidas. “A Fazenda está contribuindo para o debate, mas não há nenhuma medida especifica já definida”, disse Meirelles nesta quarta-feira (17), em Brasília. Ele afirmou que acha importante a iniciativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) de estudar medidas para ajudar na redução e lembrou que o Banco Central está estudando várias propostas com esse objetivo.

A iniciativa da Febraban foi anunciada pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em entrevista ao site Estadão/Broadcast. A ideia é desenvolver uma autorregulação do cheque especial com objetivo de redução do custo dessa linha de crédito aos clientes. Segundo a entidade que representa as instituições financeiras, a intenção é divulgar as propostas de autorregulação ainda este ano.

Em nota, a Federação disse que o cheque especial faz parte de um conjunto de ações estudadas pelo setor para “melhorar o ambiente de crédito no País”. “A Febraban elabora propostas para melhorar o instrumento e as anunciará, neste ano, quando forem concluídas”, afirmou a entidade.

Goldfajn disse ao Estadão que, se a iniciativa não avançar, o BC adotará medidas para reduzir as taxas. “A gente está de olho e, às vezes, é bom que o BC não precise editar norma nenhuma e deixe o sistema fazer”, disse.

No ano passado, informou o site, o governo já havia determinado mudanças nas regras do rotativo do cartão de crédito para evitar o aumento da dívida. Agora, para o cheque especial, o governo está propondo uma “autorregulação” A ideia é também oferecer uma “porta de saída” para o cliente, com alongamento de prazos da dívida e juros menores em uma nova modalidade, como o parcelamento no cartão ou no crédito pessoal.

Atualmente, o cheque especial tem o segundo maior juro entre as operações para pessoas físicas. Em novembro, bancos cobraram média de 323,7% ao ano.

FacebookWhatsAppTwitter

  0 Comentários

FacebookWhatsAppTwitter