Tecnologia

Novo plano vai inserir o País na 4ª Revolução Industrial

Ministro Gilberto Kassab lança iniciativa para que a indústria brasileira incorpore novas tecnologias digitais. Isso dará mais competitividade às cadeias produtivas e vai gerar mais empregos, diz ele

14/12/2017

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O ministro Gilberto Kassab: “Isso fará com que as cadeias produtivas do Brasil tenham mais competitividade e possam gerar mais empregos, além de modernizá-los.”

 

Com o objetivo de associar setores estratégicos da economia brasileira à nova onda de desenvolvimento industrial que se observa no mundo – a chamada 4ª Revolução Industrial –, o ministro Gilberto Kassab lançou nesta quinta-feira (14) o Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação para Manufatura Avançada no Brasil. De acordo com o ministro, a iniciativa cria as condições para que a indústria incorpore as tecnologias digitais, elevando a competitividade do país. “Lançar esse plano é um marco não apenas para o Ministério, mas para o governo brasileiro e o país como um todo”, disse Kassab.

Também conhecida como indústria 4.0, a manufatura avançada se configura como uma nova era de mudanças trazidas por tecnologias capazes de transformar rapidamente a vida no século 21. Esse movimento irreversível tem sido objeto de preocupação de diversos países, cujos governos e sociedades vêm instituindo políticas para que seus setores econômicos relevantes sejam competitivos no mercado e evitem serem excluídos da concorrência mundial.

De acordo com o ministro Gilberto Kassab, o documento lançado nesta quinta “é uma contribuição para que os empreendedores da nossa indústria, em especial aqueles setores associados à manufatura avançada, possam contar com o que há de melhor em termos de ferramentas para o desenvolvimento de seus trabalhos, estejam elas dentro ou fora do território nacional. Isso fará com que as cadeias produtivas do Brasil tenham mais competitividade e possam gerar mais empregos, além de modernizá-los.”

Segundo o ministro, o governo federal deve concluir nos próximos dias o decreto de regulamentação do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei 13.243/2016). “O esforço é para que seja publicado nesta sexta-feira (15). Então, os avanços estão acontecendo. O Brasil precisa do nosso apoio e do nosso respaldo.”

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Alvaro Prata, explicou que o objetivo do plano recém-lançado é criar condições de acesso da manufatura brasileira à indústria 4.0, com suporte da ciência, tecnologia e inovação, a fim de desenvolver cadeias produtivas de setores econômicos promissores e que atendam a demandas de alcance social.

“Há uma preocupação na escolha de temas que possam ser impactados pela manufatura avançada, de forma que essa tendência seja inoculada na produção e transborde para outras áreas do conhecimento”, afirmou Prata. “O Brasil precisa seguir competitivo onde é competitivo, é claro, mas isso não quer dizer que esses sejam os setores mais promissores do ponto de vista da indústria 4.0. O documento expressa a visão do ministério para esse futuro.”

Revolução

A proposta é um dos planos de ação da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti), válida até 2022, e foi construído a partir de sete workshops realizados pelo país em 2016, em parceria com o Ministério de Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Para elaborar o plano, de acordo com Prata, a Coordenação-Geral de Serviços Tecnológicos do MCTIC observou os ecossistemas de manufatura avançada da Alemanha, da China e dos Estados Unidos.

Dentro do MCTIC, a iniciativa se soma ao Plano Nacional de Internet das Coisas, desenvolvido pela Secretaria de Política de Informática (Sepin) a partir de estudo feito com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O documento se orienta pelo cruzamento de duas dimensões: a temática, que aborda prioridades em tecnologias, recursos humanos, cadeias produtivas, infraestrutura e regulação, com base em recomendações dos sete workshops de 2016; e a estrutural, que relaciona esses cinco tópicos ao papel desempenhado pela tríplice hélice da inovação, formada por governo, academia e empresa.

Entre as áreas tecnológicas comuns a diversos países e essenciais a qualquer política de manufatura avançada, o plano destaca automação, Big Data, inteligência artificial, Internet das Coisas, interoperabilidade (comunicação de máquinas) e sistemas ciberfísicos. Um mapa de oportunidades indica como principais caminhos para o Brasil os setores de telecomunicações, automotivo, logística e transporte, saúde, indústria de transformação, energia, educação e defesa.

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