Expansão

Pequenos negócios lideram criação de novos empregos

Guilherme Afif, presidente do Sebrae, destaca o desempenho das micro e pequenas empresas na criação de postos de trabalho. E a perspectiva para 2018 é positiva, diz pesquisa

12/01/2018

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Para Guilherme Afif, a queda da inflação e a possibilidade de aprovação da Reforma da Previdência vão dar fôlego novo ao setor.

 

Edição: Scriptum

 

As micro e pequenas empresas brasileiras, apesar de todos os problemas econômicos, continuaram gerando empregos ao longo do ano passado. Em novembro, pelo oitavo mês consecutivo, os pequenos negócios apresentaram saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada. Ao contrário das médias e grandes empresas, que demitiram 22,1 mil trabalhadores, os empreendimentos de micro e pequeno porte abriram 12,2 mil postos de trabalho formal. Os dados são do levantamento feito mensalmente pelo Sebrae com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), fornecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, isso não foi uma surpresa. “A micro e pequena empresa é a grande geradora de emprego do país. Na crise, esses empresários inovam, enxugam custos e até negociam dívidas, mas não deixam de apostar na retomada da economia, de contratar mão-de-obra”, disse.

Ao longo do ano, com exceção do mês de março, as micro e pequenas empresas apresentaram número de contratação superior ao de demissões. Enquanto os pequenos negócios acumularam no ano (de janeiro a novembro) um saldo positivo de 486 mil novos empregos, as médias e grandes empresas apresentaram um saldo negativo de 202 mil postos de trabalho.

Otimismo

E a perspectiva para 2018 é positiva. Para empresários de micro e pequenas empresas ouvidos pela Sondagem Conjuntural do Sebrae, 2018 será ano de Copa do Mundo, de eleição presidencial e de recuperação da economia. Quase 43% dos empreendedores acreditam em melhora da economia do país nos próximos 12 meses. É o maior percentual de otimismo já registrado pela pesquisa. Em junho desse ano, 31% dos entrevistados pela sondagem acreditavam na recuperação econômica e, em setembro, verificou-se que este índice chegou a 35,7%.

Para Guilherme Afif, a queda da inflação e a possibilidade de aprovação da Reforma da Previdência vão dar fôlego novo ao setor. “São notícias que acalmam o mercado e injetam ânimo nos empreendedores de micro e pequeno portes, os verdadeiros heróis da economia nacional”, afirma.

A Sondagem Conjuntural do Sebrae também verificou aumento na expectativa positiva em relação ao próprio faturamento dos empresários. Em junho, o percentual de entrevistados que apostavam na melhoria do desempenho do negócio era de 33,5%. Em setembro, passou para 39,3% e, em dezembro, subiu para quase 45%.

Os empresários das regiões Norte (51%) e Sul (49%) são os mais otimistas quanto ao faturamento de suas empresas. Os mais pessimistas são os empreendedores da região Nordeste, onde 23% acreditam que a situação da empresa vai piorar em 2018. O setor com perspectivas mais positivas em relação ao faturamento do negócio é o da Construção Civil, com 49% dos entrevistados prevendo ganhos maiores para as próprias empresas.

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