ESTADOS

Ratinho Jr. defende apoio à Reforma da Previdência

Para o governador do Paraná, é preciso atacar os privilégios que hoje beneficiam alguns setores da sociedade. “Sem isso, a reforma não terá legitimidade”, afirma em entrevista à Folha de S. Paulo

15/01/2019

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Governador Ratinho Júnior durante reunião com a equipe de governo. Foto: Rodrigo Felix Leal/ANPr

 

Edição: Scriptum

 

A Previdência não é um problema do governo, é do País. A afirmação é do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), que, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta terça-feira (15), defendeu a participação dos governadores na defesa da reforma do sistema previdenciário. “Se não se resolver, nós vamos ficar rastejando, vai ter que fazer daqui a dois ou três anos”, disse, lembrando a importância de a reforma atacar os privilégios que hoje beneficiam alguns setores da sociedade. “Se não acaba com os privilégios, a reforma passa a não ter legitimidade”.

Assinantes da Folha de S. Paulo podem ler aqui a entrevista de Ratinho Junior

Também nesta terça-feira (15), o Governo do Paraná começou a implantar, por meio da Controladoria-Geral do Estado (CGE), o programa de Integridade e Compliance. O objetivo é garantir o cumprimento de todas as regras, leis e regulamentos aplicados aos órgãos e secretarias.

A medida foi apresentada durante a reunião da equipe de governo presidida pelo governador Ratinho Junior, que avalizou a proposta, reafirmando que a atual administração do Estado tem um compromisso com a ética e a transparência nos atos de governo.

As secretarias da Infraestrutura e Logística e do Planejamento serão as primeiras a receber as equipes da CGE. A previsão é que no período de um ano todos os órgãos estaduais já tenham cumprido as etapas de implantação do programa, fazendo com que o Governo do Paraná esteja apto a receber as certificações internacionais de compliance.

“Estado necessário”

Na entrevista à Folha de S. Paulo, o governador de 37 anos, que assumiu o cargo no início deste mês, defendeu também o que chama de “Estado necessário”, com redução de estrutura e secretarias (ele cortou 13 das 28 pastas), mas que preserve o viés social. Ao mesmo tempo, afirmou não querer “perder tempo” com debates ideológicos como o Escola sem Partido, e diz que seu interesse é oferecer bons serviços à população.

Para Ratinho Junior, a máquina pública brasileira “ainda tem um modus operandi da década de 1970, 1980, quando a tecnologia não estava tão presente nas decisões administrativas. Hoje, não há necessidade disso”. Em sua visão, os governos estaduais precisam diminuir a máquina pública, na questão física. “É um custo para o contribuinte. No Paraná, nós reduzimos de 28 para 15 secretarias. Enxugamos, e não mudou nada. O Estado continua prestando serviço. O que mudou foi o custo fixo, que diminuiu”.

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