TRÂNSITO

Remédios que afetam concentração devem ter alerta

Proposta do deputado Hugo Leal (PSD-RJ), em tramitação na Câmara, torna obrigatório aviso em rótulo de medicamentos que prejudicam a capacidade de dirigir

15/10/2018

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O deputado Hugo Leal: “Nem o médico faz o alerta, nem os rótulos desses produtos informam corretamente”

 

Edição: Scriptum

 

O deputado federal Hugo Leal, do PSD do Rio de Janeiro, que tem a segurança no trânsito como foco de sua atuação na Câmara, apresentou este ano um projeto de lei (PL 9682/18) que torna obrigatória, para os remédios que afetam a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas, a exibição de alerta sobre isso em seus rótulos. “Muitas pessoas que consomem esses medicamentos e depois dirigem ou operam máquinas fazem isso por total desconhecimento das consequências. Nem o médico faz o alerta, nem os rótulos desses produtos informam corretamente”, diz Hugo Leal.

Muitos medicamentos possuem efeitos semelhantes aos provocados pela ingestão de bebida alcoólica, pois afetam a concentração, a coordenação motora e os reflexos. Por isso, podem afetar também atividades do dia a dia, como dirigir e atravessar uma rua movimentada.

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET) os medicamentos mais comuns que afetam a direção veicular são os antidepressivos, antiepilépticos, broncodilatadores, remédios para enjoos, insulina e para combater neuroses.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê multa de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por 12 meses, para aqueles que forem flagrados dirigindo sob efeitos de medicamentos que afetam a capacidade psicomotora.

Dados divulgados pela seguradora responsável pelo DPVAT alerta que, em 2017, ocorreram 41.150 óbitos e 284.190 casos de invalidez em indenizações por acidente de trânsito. Estima-se que mais de 90% dos acidentes de trânsito ocorrem por falhas humanas.

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