TECNOLOGIA

Sirius atrai jovens e adultos na Semana de Ciência

Projeto fundamental do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o Sirius é uma das maiores atrações 15ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília

19/10/2018

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Escolares visitam estande do Sirius na SNCT

 

Edição: Scriptum

 

Projeto considerado fundamental para o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), o Sirius se relevou como uma das maiores atrações 15ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília.

O estande do Sirius, o maior acelerador de partículas do mundo, tem atraído crianças, jovens e adultos interessados em saber um pouco mais sobre a maior e mais complexa estrutura científica já construída no país. O empreendimento está localizado no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP).

E eles não são os únicos. Como lembrou o ministro Gilberto Kassab durante a cerimônia de outorga da Ordem Nacional do Mérito Científico e Tecnológico, na quarta-feira (17), “dezenas de pesquisadores estão vindo de outros países e alugando casas e apartamentos no entorno do Sirius, já se preparando para, ao longo dos próximos meses, usar o potencial desse equipamento. Será uma reunião de algumas das melhores cabeças do mundo”, disse.

O conceito da luz síncrotron e a magnitude do equipamento podem ser até difíceis de compreender. Para aproximar o público do mais ousado projeto científico da história do país, o estande oferece ferramentas, como vídeos interativos e um óculos de realidade virtual com uma visão em 360° por dentro do acelerador, para o público da feira possa “visitar” o Sirius sem sair do lugar. “Eu vi partes do acelerador e me mostraram o tubo por onde as partículas passam. Lá, vemos cada pedacinho da partícula”, contou a estudante da 7ª série do ensino fundamental do colégio do Carmo de Unaí (MG), Amanda Cristina Galante, de 13 anos.

Para muitos, o funcionamento de um anel de luz síncrotron parece obra de ficção. Ao visitar o estande do Sirius, a estudante Vivian Máximo, de 11 anos, fez referência com a série de televisão Flash, disponível em canais abertos e de TV a cabo. “Deu muita vontade de ir lá conhecer. A gente entendeu que toda aquela estrutura é para movimentar as partículas. Eu me lembrei muito da série Flash, que também tem um acelerador desse tipo”, recordou Vivian.

Fronteira do conhecimento

O acelerador de partículas Sirius vai colocar o Brasil na fronteira do conhecimento ao abrir novas perspectivas em áreas como ciência dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia, física e ciências ambientais, além de contribuir para a internacionalização da ciência brasileira por meio do aumento da presença de estrangeiros entre os usuários. O equipamento será essencial para o desenvolvimento de novos fármacos, combustíveis, materiais para computação, circuitos eletrônicos, fertilizantes, entre outros usos.

Quando for inaugurado, o Sirius será o acelerador de luz síncrotron de maior brilho do mundo em sua classe de energia. No total, o projeto deve custar R$ 1,8 bilhão.

Distribuída por 40 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, a SNCT, que nesta edição tem como tema principal “Ciência para redução das desigualdades”, abriga 71 estandes com atividades de popularização da ciência promovidas por 80 instituições. A expectativa é que pelo menos 100 mil pessoas visitem o espaço até domingo (21).

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