ESTADOS

Agências vão ajudar no desenvolvimento do Paraná

O governador Ratinho Junior (PSD) lança, em parceria com universidades estaduais, iniciativa para estudar e desenvolver novas vocações regionais, promovendo a geração de emprego e renda

05/10/2021

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O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, e o governador Ratinho Jr.

 

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), lançou na terça-feira (5) o Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade, cujo objetivo é incentivar o desenvolvimento socioeconômico e aumentar a competitividade das empresas paranaenses, agregando tecnologia aos processos de produção de bens e serviços.

Idealizado pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o programa cria as Agências de Inovação para o Desenvolvimento Regional Sustentável (Ageuni) e será implementado pelas sete universidades estaduais do Paraná.

De acordo com Ratinho Junior, “sempre quisemos criar um mecanismo que pudesse descobrir a vocação de cada região do Paraná”. Ele explicou que “quando você descobre sua vocação, sua dedicação é mais intensa e você presta um serviço melhor. A ideia das agências de desenvolvimento regional é fazer esse diagnóstico, aprofundando esse potencial com novos estudos, investimentos e infraestrutura. Serão sete agências a pensar o Paraná de forma regional”.

A iniciativa aplicará, inicialmente, recursos financeiros da ordem de R$ 10 milhões, provenientes do Fundo Paraná e da Secretaria de Estado da Fazenda. Esse montante será operacionalizado pela Fundação Araucária a partir de três editais de chamamento. A gestão dos recursos será realizada pelas Fundações de Apoio das instituições de ensino superior.

Segundo o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, o intuito do programa é contribuir para a prospecção de negócios e impulsionar o desenvolvimento de produtos, processos e serviços inovadores, gerando trabalho, emprego e renda na cidade e no campo. Para ele, essa ação deve ser protagonizada pelas universidades. “O Paraná tem diferentes realidades, e em cada região é preciso fazer uma atuação focada em seu desenvolvimento. E a maior agência de desenvolvimento regional que temos são as universidades. Nenhuma outra estrutura que se crie vai equivaler em termos de potencial ao que elas representam”, afirmou Bona.

Iniciativas locais

A ação consiste em apoiar iniciativas locais e regionais, com foco na realização de projetos de educação e qualificação profissional; ciência, tecnologia e inovação; infraestrutura econômica e urbana; e desenvolvimento social, artístico e cultural, fortalecendo os mecanismos de gestão, infraestrutura e serviços tecnológicos das instituições estaduais de ensino superior.

A Ageuni contará com um Comitê de Gestão, que será responsável por escolher os projetos a serem viabilizados. Além das universidades estaduais, esses grupos terão a participação de empresas, entidades do setor produtivo e municípios (prefeituras e associações municipais).

“Concebemos um sistema de governança com participação de diferentes atores para que se identifiquem as demandas e vocações regionais, se elaborem projetos coletivamente e para que as universidades atuem na execução desses projetos. Assim, elas atendem o que cada região escolher como prioritário, contribuindo para o seu desenvolvimento”, reforçou Bona.

Segundo Ramiro Wahrhaftig, presidente da Fundação Araucária, a principal intenção das agências é atender demandas da sociedade. “Temos nas instituições de ensino superior ativos extraordinários: boa parte da inteligência do Estado está no corpo de professores, pesquisadores e alunos. Com a participação deles, do setor produtivo e dos municípios, vamos atender essas demandas com recursos financeiros que permitam a execução de programas e projetos que forem solicitados”, ressaltou.

Na prática, o programa será instrumento de articulação de ações conjuntas, visando ao alinhamento entre políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação e políticas de desenvolvimento regional. O programa tem amparo no novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Paraná, composto pela Lei de Inovação (Lei nº 20.541/2021) e a Lei de Fundações de Apoio (Lei nº 20.537/2021).

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