TELEVISÃO

Arolde de Oliveira: “A TV paga precisa se reinventar”

Em entrevista ao portal Teletime, senador do PSD-RJ fala sobre as mudanças em andamento no setor de teledifusão e aponta caminhos para o País se adaptar à nova realidade

09/08/2019

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O senador Arolde de Oliveira: opção do Brasil pela televisão aberta universalizada torna a legislação do setor um tanto quanto atrasada. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

O modelo de TV por assinatura existente hoje no Brasil está com os dias contados. A opinião é do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), relator do Projeto de Lei 3832/2019, que estabelece o fim das restrições à propriedade cruzada entre empresas de telecomunicações e empresas produtoras de conteúdo. Seu relatório, que será votado na próxima reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, na quarta-feira (14), será favorável à extinção dos artigos 5º e 6º da lei 12.485/2011, como prevê o projeto de autoria do senador Vanderlan Cardoso (PP-GO). Os artigos impedem que grupos que operem serviços de telecomunicações produzam conteúdos e vice-versa.

Em entrevista ao portal Teletime (veja íntegra aqui), Arolde de Oliveira explica que a mudança é necessária porque, na época em que a lei do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) foi aprovada, o serviço de streaming não tinha as dimensões de hoje. “Os serviços de streaming cresceram e representam os motivos que fizeram com que a TV por assinatura tivesse uma queda de assinantes. As pessoas assinam os pacotes combos para ter acesso à internet, mais do que para acessar a programação”, afirma.

Arolde também lembra, na entrevista ao portal Teletime, que a opção do Brasil pela televisão aberta universalizada, diferente de países como Estados Unidos, torna a legislação do setor um tanto quanto atrasada. Assim, acredita que o setor precisa se reinventar. Sobre a produção de conteúdo nacional, o senador afirma que mesmo com essas mudanças, a tendência é que a produção nacional aumente, mas em outra plataforma.

O senador também acredita que as fusões de setores de infraestrutura de telecomunicações com produtores de conteúdos, como o caso da AT&T e Warner Media, é uma tendência e um dos motivos que torna necessária a revisão da legislação brasileira na área. Ele ressalta que a chegada da tecnologia 5G é um passo maior do que uma simples evolução tecnológica. “O 5G significa mais capacidade de tráfego de dados, e isso combinado com evolução tecnológica dos smartphones, qualifica o acesso à internet e consequentemente a demanda por serviços de streaming“, apontou o senador. Para ele, “a internet é hoje um grande espaço de comunicação, seja para o bem ou para o mal. Tudo converge para que o streaming domine completamente a oferta das mais diversas programações.”

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