SANEAMENTO

Bertaiolli quer criar grupo para despoluir Rio Tietê (SP)

Deputado federal do PSD de São Paulo conta com o apoio do Governo do Estado para a formação de um grupo de trabalho dedicado à elaboração de projetos e desenvolvimento de ações

25/09/2019

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Para Bertaiolli, o Alto Tietê se transformou “na grande caixa d’água da Região Metropolitana de São Paulo”, mas não recebe nada por isso e está sob diversas restrições ambientais

 

Edição: Scriptum

 

Membro titular da comissão parlamentar responsável pela análise e modernização do Marco Regulatório do Saneamento Básico, o deputado federal Marco Bertaiolli, do PSD de São Paulo, propôs a criação de um grupo de trabalho voltado ao desenvolvimento de projetos e o planejamento de ações que evitem a ocupação desordenada das áreas de espraiamento do Rio Tietê e das represas que formam o Sistema Produtor do Alto Tietê. O trabalho acontecerá em frentes diferentes, que vão desde a busca de recursos para que os municípios da região do Alto Tietê possam investir na coleta e tratamento de esgoto, reduzindo a poluição no rio e afluentes, até a ocupação das áreas próximas aos reservatórios.

A iniciativa deve contar com o apoio de técnicos do Governo do Estado de São Paulo. O primeiro passo para a criação do grupo foi dado no domingo (22), Dia do Rio Tietê, quando o parlamentar esteve na cidade de Salesópolis para participar de evento com o secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido. Localizado na Região Metropolitana de São Paulo, o município tem população estimada em 17 mil habitantes e abriga a nascente do rio.

“Conversamos com o secretário e vamos definir o andamento desse trabalho, que terá várias frentes, mas um único objetivo: a preservação dos nossos mananciais”, ressaltou Bertaiolli.

O parlamentar fez questão de destacar a importância do evento, promovido pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat). “O Condemat, numa ação muito bem acertada, contratou a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para fazer um levantamento e apresentar os estudos técnicos para que os municípios do Alto Tietê que tiveram parte do seu território afetado pelas represas recebam compensação financeira”, disse o deputado.

Para Bertaiolli, o Alto Tietê se transformou “na grande caixa d’água da Região Metropolitana de São Paulo”, mas não recebe nada por isso e está sob diversas restrições ambientais. “Há casos como Salesópolis, por exemplo, onde 98% do território é protegido por lei e a cidade não consegue se desenvolver financeiramente.”

Bertaiolli lembrou, ainda, que o Governo do Estado publicou a Lei Específica do Alto Tietê Cabeceiras, que permitiu a regularização fundiária de imóveis construídos em áreas de proteção aos mananciais de Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim, Salesópolis e Suzano. “Essa lei veio atender demandas antigas de famílias que ocupavam essas áreas antes da criação das leis ambientais, mas agora precisamos avançar neste trabalho”, afirmou o deputado.

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