SETEMBRO AMARELO

Campo Grande debate medidas de prevenção ao suicídio

Gestão do prefeito Marquinhos Trad (PSD) realiza debate sobre saúde mental e prevenção ao suicídio infanto-juvenil. No Brasil, a cada 45 minutos, uma pessoa tira a própria vida

12/09/2019

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O prefeito Marquinhos Trad: “A depressão não é frescura, ela é uma doença que precisa ser tratada”

 

Edição: Scriptum

 

Lançada em 2003 pela International Association for Suicide Prevention, a campanha “Setembro Amarelo” busca chamar atenção internacional para o suicídio durante todo o mês. No Brasil, a cada 45 minutos, uma pessoa tira a própria vida. De acordo com um relatório lançado no dia 9 passado pela Organização Mundial de Saúde, a taxa de suicídio na população brasileira, em 2016, foi de 6,1 mortes para cada 100 mil habitantes. São mortes que, segundo especialistas, poderiam ser evitadas.

Em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, a gestão do prefeito Marquinhos Trad (PSD) está fazendo sua parte. Na quarta-feira (11), a prefeitura da cidade realizou o II Colóquio ‘’Debates atuais sobre saúde mental e prevenção ao suicídio infanto-juvenil. A ação faz parte da Agenda Afirmativa da Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos da Prefeitura e teve o objetivo de discutir novas abordagens em saúde mental na infância e adolescência, articulando ações estratégicas em saúde para prevenção ao suicídio.

O prefeito Marquinhos Trad, que prestigiou o evento, destacou a importância do debate. “Por ano, em média, 800 mil pessoas se suicidam no mundo. É um dado alarmante. Existem fatores genéricos, neurológicos e sociais que podem levar uma pessoa a tirar sua própria vida. Ninguém comete o suicídio da noite para o dia. É preciso estar atento aos sintomas e, o quanto antes, procurar ajuda de um psicólogo. A depressão não é frescura, ela é uma doença que precisa ser tratada”, disse o prefeito.

O subsecretário de Defesa dos Direitos Humanos da Prefeitura, Junior Coringa, ressaltou que as pesquisas demonstram que os principais fatores que levam uma pessoa a tirar a própria vida estão relacionados à fragilidade emocional e a situações de crise. ‘’Tais estados emocionais desencadeiam pensamentos de morte na intenção de acabar com o sofrimento, muitas vezes insuportável. O colóquio vem para que possamos compreender melhor o assunto e fazer com que projetos e ações sejam colocadas em prática para o auxílio dessas pessoas’’, relatou.

Coringa destaca que normalmente ao perceber pessoas em situação de fragilidade ou crise emocional, é comum que a pessoa receba críticas ou tenha sua fala e experiências ignoradas ou desvalorizadas. O espaço para fala é fundamental. “Para que exista espaço de fala é essencial que se reconheçam as emoções como inerente a nossa experiência de vida. Precisamos conhecer as características para que possamos nos tornar ativistas contra esse mal que a cada dia cresce em nossa capital”, completou.

Durante o Colóquio foram apresentados os dados estatísticos que mostram que os suicídios são a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. O envenenamento ou intoxicação são os principais meios utilizados na tentativa de suicídio. Já em Campo Grande a cada 10 horas uma pessoa tenta tirar a própria vida, são 65 tentativas ao mês.

Segundo o Serviço do Núcleo de Prevenção às Violências, acidentes de trânsito e doméstico da Secretaria Municipal de Saúde foram 891 casos de tentativas de suicídio registradas na Capital em 2017. Já os dados do Corpo de Bombeiros revelam que atendidas 925 ocorrências de tentativas de suicídio na cidade em 2017.

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