DEBATE

Como a tecnologia pode melhorar a saúde pública

Em audiência pública presidida pelo deputado Francisco Jr. (PSD-GO), especialistas apresentam iniciativas que tornam mais rápido e fácil o acesso dos cidadãos ao atendimento médico

13/11/2019

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Audiência pública foi presidida pelo deputado federal Francisco Junior (PSD-GO).

 

A tecnologia pode contribuir para melhorar a qualidade da saúde pública e já existem iniciativas que comprovam isso. Essa foi uma das conclusões da audiência pública realizada na terça-feira (12), na Câmara, pela Subcomissão Especial de Cidades Inteligentes, presidida pelo deputado federal Francisco Junior (PSD-GO).

Segundo o parlamentar goiano, foi um importante debate de experiências e possibilidades da utilização de tecnologia para melhoria da governança e do acesso à saúde pública, iniciativas de governo digital, transparência, comunicação com o cidadão, educação digital, soluções de gerenciamento de desastres, orçamento participativo, monitoramento de surtos e epidemias, comunicação e campanhas.

Foram convidados para discutir o assunto o coordenador de Gestão de Redes e Datacenter do Ministério da Saúde, Jairton de Almeida Diniz Jr.; e o gestor da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) de Jundiaí (SP), Tiago Teixeira.

Jairton Jr. informou que a pasta lançou o programa Conecte SUS nesta segunda-feira (11), através de um projeto-piloto em Alagoas, com a intenção de informatizar as unidades de saúde do Brasil. O programa vai integrar as informações de saúde do cidadão por meio do aplicativo Meu DigiSUS. O cidadão vai ter acesso a dados como o resumo dos atendimentos, vacinas feitas, medicamentos de que fez uso e exames realizados.

A Subcomissão Especial de Cidades Inteligentes, da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, realizou hoje (12) uma audiência pública para discutir a aplicação de tecnologia no enfrentamento dos desafios na saúde pública.

Adesão dos municípios

A ideia é que a partir de março outros Estados sejam incluídos no programa. O objetivo, conforme Jairton de Almeida, é que até o final de 2020 pelo menos 80% dos municípios brasileiros estejam contemplados, mas, segundo ele, isso dependerá da adesão das prefeituras.

Para os municípios que aderirem, o governo federal vai dar apoio financeiro no valor R$ 8,5 mil a R$ 11,5 mil para informatizar as unidades de saúde; e de R$ 1,7 mil a R$ 2,3 mil mensais para a manutenção.

O deputado Francisco Jr. criticou o fato de a adesão ser voluntária. Ele informou ainda que a subcomissão visa adequar a legislação brasileira para que o cidadão tenha acesso aos benefícios de tecnologias que melhorem a vida nas cidades. “Quantas soluções inteligentes estão sendo aplicadas no mundo inteiro, porém falta preparo da nossa legislação para acolher essas realidades nos municípios”, disse.

Por sua vez, o gestor da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde da cidade de Jundiaí (SP), Tiago Teixeira, apresentou aos deputados o bem-sucedido programa de Atenção Primária no município, que levou, por exemplo, à redução de até 95% da fila de espera de exames.

Ele informou que, em novembro, a rede do município deverá estar 100% informatizada. A tecnologia é utilizada, por exemplo, para que o cidadão avalie em tempo real o serviço de atenção primária por meio de totens digitais. O gestor informou que 28% dos recursos do orçamento do município são investidos em saúde pública.

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