CÂMARA

Deputados do PSD contra taxação de energia solar

Fábio Trad (PSD-MS) e Otto Alencar Filho (PSD-BA) estão entre os parlamentares contrários à proposta a Aneel para taxar os produtores de energia solar fotovoltaica com geração distribuída

05/11/2019

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O deputado Joaquim Passarinho: “Reter 60% da energia gerada significa matar o setor. É preciso postergar o prazo para essa consulta pública”

 

Deputados do PSD manifestaram em audiência pública promovida pela Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara sua posição contrária à proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para mudar a norma vigente desde 2012 e taxar os produtores de energia solar fotovoltaica com geração distribuída.

No sistema atual, o consumidor tem 100% de retorno da energia que envia para rede em forma de crédito na conta de luz. Esse crédito de energia tem validade de cinco anos, contados a partir da geração. Com a nova proposta em fase de consulta pública, os encargos pagos aumentariam e a concessionária passaria a reter 60% da energia como compensação pelo uso da rede de distribuição.

“Reter 60% da energia gerada significa matar o setor. É preciso postergar o prazo para essa consulta pública, que abriu agora em outubro e vai até 30 de novembro deste ano. Esse assunto veio à tona somente agora. Precisamos de tempo para fazer o debate”, defendeu o deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA).

Advogado e professor de Direito, o deputado Fábio Trad (PSD-MS) enfatizou que essa tentativa de atualização da resolução de 2012 fere o princípio da segurança jurídica. “À época foi estabelecido que a regra seria sequencial e permanente, mas sete anos depois estão propondo mudanças nas regras. Isso desestimula investimentos, quebra a perspectiva dos investidores estrangeiros, eleva o custo Brasil, viola a competitividade, prejudica os consumidores residenciais e viola o desenvolvimento sustentável.”

O deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA), autor do Projeto de Lei 5293/19, que trata dos incentivos às fontes renováveis, entre elas a solar, defendeu que é importante garantir segurança jurídica aos empreendedores e consumidores que pretendem investir e migrar para a energia fotovoltaica. “Com o ritmo de expansão do setor é preciso um olhar mais atento por parte desse Parlamento. É urgente preencher as lacunas na legislação”.

Para o deputado Sidney Leite (PSD-AM) a população amazonense será penalizada. “Infelizmente para nós do Amazonas a Aneel não existe, os amazônidas vivem um caos. A hidrelétrica Santo Antônio Jirau, construída na divisa entre Rondônia e Amazonas, não trouxe benefício para a população do nosso Estado, somente impacto ambiental e dívida para o País. Eu, particularmente não tenho dúvida de que a Aneel tem lado e não é o do consumidor brasileiro e do cidadão que vive nas periferias”.

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