GESTÃO

Em BH, vice-prefeito do PSD assume função chave

Fuad Noman, presidente do PSD municipal e ex-secretário da Fazenda, foi designado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) para coordenar obras de infraestrutura da cidade

11/01/2021

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Fuad Noman foi nomeado pelo prefeito Alexandre Kalil para chefiar o Gabinete Especial para a Coordenação de Investimentos e Ações Estratégicas.

 

Presidente do PSD municipal de Belo Horizonte e vice-prefeito da cidade empossado no dia 1º de janeiro, o economista Fuad Noman está assumindo novos e importantes desafios na Prefeitura da capital mineira. Noman foi nomeado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) para chefiar o Gabinete Especial para a Coordenação de Investimentos e Ações Estratégicas.

Na função, ele será responsável por coordenar a execução de todos os grandes investimentos de infraestrutura definidos para o segundo mandato do governo Kalil – tanto na administração direta como indireta. A prioridade são as obras, diz Noman. “É muito trabalho. Tenho de ajudar o prefeito no que for necessário, mas com o foco nesses projetos que serão de grande impacto na cidade”, afirma, referindo-se ao conjunto de 12 eixos que abrangem de obras de mobilidade urbana a obras físicas em centros de saúde, produção de unidades habitacionais, urbanização da região da Izidora, além de grandes projetos de macro-drenagem.

“Nosso foco principal hoje é minimizar os efeitos da enchente dentro dos projetos que estão desenhados e elaborados”, considera Fuad Noman. Segundo ele, a prioridade são obras que evitem as fortes e conhecidas enchentes no Vilarinho, o que será possível já no ano que vem. “Não dá tempo para elaborar estudos para uma grande e complexa obra desse tipo. O que vamos fazer no Vilarinho é encontrar soluções imediatas”, explica.

“O acompanhamento do vice-prefeito vai garantir que esses processos andem pari passu com as prioridades das obras que o prefeito determinou. O que vamos fazer é garantir que as obras aconteçam nos prazos, preços e eficiência que a prefeitura demanda”, afirma.

Partido

Embora Fuad Noman avise que a política não está, neste momento, no centro de sua pauta, o vice-prefeito acompanha os desdobramentos da candidatura do senador mineiro Rodrigo Pacheco (DEM) para a Presidência do Senado Federal. Pacheco recebeu na terça-feira o apoio formal do PSD, inclusive com a benção de Alexandre Kalil, que foi anfitrião, em seu apartamento, da reunião que selou o apoio do PSD nacional.

“Foi de fato reunião importante porque Minas tem mais de 50 anos sem um presidente do Congresso Nacional. Então o PSD e a bancada mineira no Senado estão empenhados em trazer para nosso Estado um protagonismo nacional”, considera Fuad Noman.

Fuad descarta que este apoio esteja atrelado ao suporte dos Democratas mineiros em 2022 a eventual candidatura de Kalil ao governo de Minas, o que suporia a desistência de Pacheco de concorrer ao cargo. “Este assunto não está posto. Ninguém está discutindo candidatura lá na frente”, diz Fuad Noman.

Assim como Alexandre Kalil, que tem declarado que não se senta numa cadeira pensando em outra, Fuad Noman evita considerar o cenário prospectivo de 2022, em que Kalil é lembrado como forte candidato ao governo de Minas. “Se o prefeito não senta numa cadeira pensando na outra, imagina eu? Claro que não vou sentar numa pensando na outra. Não me preocupo com isso não”, declara.

Currículo

De perfil técnico e intensa vivência política nos bastidores de governos, o economista Fuad Noman, que comandou até maio ano passado a Secretaria Municipal de Finanças no governo Alexandre Kalil, já passou por diferentes funções no governo federal de Fernando Henrique Cardoso – entre elas, foi secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República. Em Minas, foi secretário de estado da Fazenda (2003-2007), no primeiro mandato de Aécio Neves. Depois foi secretário de Transportes e Obras Públicas (2007-2010).

Classificado por Kalil como o seu “baluarte” na Prefeitura de Belo Horizonte, Fuad Noman recebeu o convite para compor a chapa eleita não apenas em decorrência de seu esforço fiscal nos três primeiros anos de governo, quando conseguiu elevar as receitas da capital mineira de R$ 9,717 bilhões em 2017 para R$ 11,625 bilhões em 2019 – aumento nominal de 19,6% no período, acima da correção do IGP-M de 16,45%. Mas também por sua habilidade política, por sua lealdade e, sobretudo, discrição, atributos que convivem bem com personalidades como a de Kalil.

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