PARANÁ

‘Estado inovador é o que induz o desenvolvimento’

Para o governador Ratinho Junior (PSD), “o Estado tem que ser menor e facilitar a vida de quem empreende, porque esse empreendedor está gerando emprego, a grande solução para os nossos problemas”

21/08/2019

FacebookWhatsAppTwitter

 

O governador Ratinho Jr: “O Estado tem que ser menor e facilitar a vida de quem empreende”

 

A função do Estado é atrapalhar o menos possível. A afirmação é do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), que participou nesta quarta-feira (21) do III Fórum de Gestão Pública, realizado pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.

Ratinho Junior participou de um debate com o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), e representantes das entidades empresariais dos dois Estados. Em sua intervenção afirmou que Estado inovador é aquele que funciona como indutor do desenvolvimento e facilitador do ambiente de negócios.

“O Estado tem que ser o timoneiro, aquele que dá o norte para o desenvolvimento”, disse o governador do Paraná. “Atrapalhar o menos possível a vida de quem quer empreender é um grande negócio, porque o Poder Público de maneira geral cria muitas regras. Temos que criar um ecossistema que vença essa questão cultural. O Estado tem que ser menor e facilitar a vida de quem empreende porque esse empreendedor está gerando emprego, a grande solução para os nossos problemas”, afirmou.

O governador do Paraná também destacou que um Estado vocacionado para apresentar soluções para os problemas dos cidadãos deve estar aberto a conversar com o setor produtivo, buscar diferentes maneiras de responder demandas represadas. “Temos um grande desafio que é repensar a máquina pública. Ao longo das últimas décadas os Estados não tiveram a mesma dinâmica do desenvolvimento tecnológico que o meio privado, que soube absorver e colocar em prática. Por um período muito longo o gestor público foi professor de Deus, hoje precisa ser um ouvidor”, complementou.

Ele também destacou que inovação é parte do processo de buscar benefícios concretos para a população e citou como exemplos dos primeiros meses de gestão o programa Descomplica (que permite abertura de empresas de menor risco em apenas 24 horas); os aplicativos da Secretaria de Educação que permitem avaliações periódicas dos alunos e controle de frequência; o Paraná Serviços, que facilita a contratação de profissionais autônomos; e o Paraná Inteligência Artificial (PIÁ), plataforma-robô que orienta os cidadãos em mais de 380 serviços.

O governador ainda ressaltou que a inovação não pressupõe necessariamente o uso de tecnologia. “O desafio não é diferente da iniciativa privada: é preciso mudança de cultura. As pessoas resistem. Implementar novas metodologias pressupõe muito trabalho e uma equipe que tenha o mesmo propósito. E esse desafio precisa ser compartilhado com a sociedade civil organizada em um movimento para que o Estado seja mais ágil e nunca um entrave”, finalizou.

Por sua vez, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, defendeu um plano de desestatização, em sinergia aos princípios da administração federal, e disse que o papel da iniciativa privada é executar aquilo que o Estado não tem realizado de maneira satisfatória. “Governar o Governo é o primeiro passo. Quando se governa o Governo, que quer dizer controlar a máquina pública longe de interesses pessoais, você libera ele para ser inovador. Governar é diminuir o sofrimento das pessoas e ser mais criativo naquilo que realmente é importante”, afirmou.

A entidade organizadora do evento, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), segundo seu presidente, Marco Tadeu Barbosa, defende um Estado mínimo com maior participação da sociedade. Ele afirmou que o III Fórum de Gestão Pública foi pensado para que gestores públicos e a iniciativa possam dialogar em nível regional com intuito de pactuar para o desenvolvimento do País. “A gente procura essa aproximação de uma forma muito clara e transparente para levar ao Poder Público a nossa expertise, e vice-versa. É fácil para a sociedade achar que as regras não podem ser mudadas, mas nosso papel é tão importante quanto o do gestor público para apontar aquilo que podemos melhorar enquanto sociedade”, completou.

O Fórum da Faciap acontece todos os anos para incentivar a participação dos empresários na construção de Estados melhores. Neste ano o simpósio teve como meta levar o diálogo com governantes de Estados que têm puxado a atração de investimentos e empregos com novos modelos de gestão. A Faciap representa 290 associações comerciais e um universo de mais de 50 mil empresas no Paraná.

FacebookWhatsAppTwitter

  0 Comentários

FacebookWhatsAppTwitter