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Governo estadual avalia mudança para o centro de SP

Liderança do PSD, o secretário de Projetos Estratégicos, Guilherme Afif Domingos, falou sobre os planos para a revitalização da região

02/06/2023

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Guilherme Afif: próximo passo é intervenção urbana de grande porte, que vai unir o governo do Estado e o setor privado

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Redação Scriptum com Portal do Governo de SP

 

O governo do Estado de São Paulo terá, até o fim de 2023, uma avaliação técnica sobre a viabilidade da transferência da sede administrativa, atualmente no Morumbi, na zona Oeste da capital paulista, para Campos Elíseos, bairro da região central. A medida tem como objetivo revitalizar uma das áreas mais degradadas da cidade. “A preocupação imediata do governo é fazer uma intervenção humana para resgatar o centro de São Paulo e devolvê-lo à população”, explica o secretário de Projetos Estratégicos e presidente do Conselho Consultivo do Espaço Democrático — fundação do PSD para estudos e formação política — Guilherme Afif Domingos. Segundo Afif, “o próximo passo é de longo prazo, mas também é aquele que pode ser a solução definitiva para revitalizar a região central: uma intervenção urbana de grande porte, que vai unir o governo do Estado e o setor privado neste objetivo”.

O governador Tarcísio de Freitas autorizou nesta quinta-feira (1) a contratação do estudo sobre a mudança, que será coordenado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). “Hoje a administração pública estadual está espalhada por 56 edifícios e ocupa 807 mil metros quadrados de área, quando a nossa necessidade é de 300 mil metros quadrados. Há ineficiência de ocupação de espaço e em termos de recursos. Vamos, com apoio da Fipe, desenvolver o projeto e pensar a questão urbanística e arquitetônica para ter uma esplanada nos Campos Elíseos com sustentabilidade, acessibilidade e que seja icônica e funcional”, destacou Tarcísio. Ainda segundo o governador, “transferir o poder público para o Centro traz também a segurança, a circulação de pessoas, os hotéis, os restaurantes e você começa a ter atividade de novo”.

O acordo com a Fipe tem valor total de R$ 15,5 milhões e prazo de 30 meses para a estruturação técnica completa do projeto. Entretanto, o governo estadual estabeleceu prazo de seis meses para que a instituição apresente um parecer sobre a viabilidade da proposta. Caso o estudo aponte que a modelagem não trará os benefícios esperados pelo Estado, como a revitalização da área, a aproximação entre os serviços públicos e os moradores, além da redução de custos operacionais e de manutenção, a Fipe receberá R$ 4 milhões pelo levantamento realizado.

A instalação de um complexo administrativo nos Campos Elíseos é um dos projetos qualificados no Programa de Parcerias de Investimentos de São Paulo (PPI-SP). Trata-se da carteira paulista de projetos, estimada em R$ 180 bilhões, entre capital privado e do setor público. Os recursos serão destinados a concessões, privatizações e parcerias consideradas prioritárias para a gestão.

O projeto para reintegrar o governo do Estado ao Palácio dos Campos Elíseos e imediações prevê que a iniciativa privada fique responsável pela construção e manutenção predial de toda a infraestrutura necessária para abrigar a administração paulista. A proposta de revitalização urbana da região inclui a construção de habitações de médio padrão e de interesse social no entorno do complexo administrativo. Se for viabilizada, a iniciativa vai gerar R$ 500 milhões em novos investimentos na capital.

Ações

Desde janeiro deste ano, o Estado promove ações conjuntas com a prefeitura paulistana para mitigar a degradação urbana e ampliar a sensação de segurança na região central. Com o aumento do patrulhamento ostensivo, a repressão ao tráfico de drogas e o acolhimento a dependentes químicos em serviços de saúde e assistência social, o governo estadual está conseguindo reduzir a criminalidade.

Entre 8 e 14 de maio, os bairros Campos Elíseos e Santa Cecília registraram 103 roubos, o menor número desde o início do diagnóstico semanal de índices criminais no centro de São Paulo, no fim de março. O número de furtos também teve queda em relação à semana anterior, com 184 casos.

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