ESTADOS

Governo pode autorizar cota maior no Lago de Furnas

Líder da bancada do PSD na Câmara, Diego Andrade, diz que aumento do nível do reservatório vai permitir a retomada da economia mineira e geração de empregos no setor de turismo

06/03/2020

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O deputado Diego Andrade e bancada mineira em reunião com ministro Bento Albuquerque

 

À frente da mobilização pela elevação da cota mínima do Lago de Furnas, o líder da bancada do PSD na Câmara, deputado federal Diego Andrade (PSD-MG), pode comemorar na quinta-feira (5) uma boa notícia para seu Estado: existe a possibilidade de o governo federal autorizar a elevação. De acordo com Andrade, o sinal verde foi dado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, durante encontro com a participação de deputados e senadores de Minas Gerais.

A elevação da cota, se efetivada pelo governo, vai beneficiar mais de 30 cidades mineiras. “A chamada Cota 762 é o nível considerado ideal para que o Lago de Furnas seja aproveitado tanto para geração de energia quanto para atividades comerciais, turísticas e náuticas”, explicou Diego Andrade, que é o coordenador da bancada mineira.

Ele disse que operar abaixo da cota 762 custa muito caro para Minas Gerais e para o Brasil. “A nossa luta é constante e nunca estivemos tão unidos para defender os interesses daquela região. O ponto alto do nosso dia hoje certamente foi o encontro com o ministro Bento Albuquerque, que sinalizou positivamente à nossa demanda”, explicou o parlamentar mineiro.

À bancada do Estado, o ministro expôs estudos e até mesmo um cronograma de atividades que permitem subir a cota mínima. “É uma vitória importante para todos nós mineiros. Eu não tenho dúvida de que a retomada da economia do nosso Estado e a geração de empregos passam pelo turismo. São mais de 300 empreendimentos construídos às margens do Lago de Furnas e que dependem do volume do reservatório para sobreviverem.”

Diego Andrade disse ainda que o ideal seria operar o sistema de Furnas com um nível ainda maior que a chamada Cota 762 como forma de prevenir longos períodos de estiagem.

Cenário de abandono

O Lago de Furnas abrange 34 cidades mineiras numa extensão de 1.406 quilômetros quadrados, sendo um dos maiores lagos artificiais do mundo – a orla do lago tem 3.500 quilômetros de perímetro e é quatro vezes maior que a Baía de Guanabara. Mas, o que era para ser um mar de água doce se tornou um cenário de abandono. Hotéis, pousadas, ranchos e outros empreendimentos turísticos e náuticos sucumbiram diante do baixo volume de água do lago e houve queda no número de visitantes.

Centenas de empreendimentos foram construídos às margens do Lago de Furnas desde a sua criação. Na época, foi necessário inundar uma grande quantidade de terras, o que forçou a retirada de 35 mil pessoas das regiões inundadas

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