GESTÃO

Guto Silva (PSD) será chefe da Casa Civil do Paraná

Escolhido pelo governador eleito Ratinho Junior (PSD), o atual vice-presidente da Assembleia paranaense quer alavancar o desenvolvimento do Estado com projetos estruturantes

04/12/2018

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Guto Silva quer estabelecer um diálogo mais amplo com a sociedade e a Assembleia Legislativa

 

Edição: Scriptum

 

Futuro chefe da Casa Civil do Governo do Paraná, como já anunciou o governador eleito Ratinho Junior (PSD), o deputado estadual Guto Silva, também do PSD, leva para o cargo experiência política e conhecimento acadêmico. Professor de pós-graduação e graduação nas áreas de comércio exterior e administração, é autor de livros sobre logística, comércio exterior e gestão global e é consultor especial do Sebrae para assuntos internacionais. Na política, é, aos 41 anos, o atual vice-presidente da Assembleia Legislativa paranaense, reeleito para mais um mandato com 66.412 votos.

Em entrevista à Gazeta do Povo, ele afirmou na semana passada que seu objetivo no cargo é definir uma nova dinâmica para o gabinete, apesar das características predominantemente políticas da pasta. Sua proposta é estabelecer um diálogo mais amplo com a sociedade e a Assembleia Legislativa, e atuar para colocar em funcionamento “projetos estruturantes”, que alavanquem o desenvolvimento do Paraná.

Veja alguns trechos da entrevista com o futuro secretário à Gazeta do Povo:

Quais serão as ações prioritárias para 2019?

Uma das funções tradicionais, básicas da Casa Civil, é articulação de governo, e, naturalmente, é estritamente política, faz relação com os ministérios, com as secretarias, trabalha muito para dentro do governo, e faz relação muito forte com a Assembleia Legislativa, com prefeitos, vereadores, com os poderes constituídos. Essa é a tradição da Casa Civil, mas nós queremos – a pedido do governador – também implementar algumas ações de ordem mais técnica, e para dar velocidade para alguns programas específicos que o governador quer implantar. O objetivo é que os projetos estruturantes que nós temos imaginado para deixar o Paraná em uma situação diferente em 20, 30 anos, possam ser contemplados e incubados dentro da Casa Civil para que a gente possa – de uma forma transversal, com as demais secretarias – implementar com velocidade, com entrega rápida para a sociedade.

Quais iniciativas que devem ter prioridade?

O parlamentar ao lado de Ratinho Junior (à direita)

Nós estamos discutindo quais permanecerão. Mas tem a questão das PPPs (Parcerias Público-Privadas); o VLT (veículo leve sobre trilhos) na Região Metropolitana de Curitiba; melhorar o governo digital, ampliar a questão de governo digital e inteligência artificial; projetos de iluminação pública para os municípios; e a revisão administrativa. Para a reforma administrativa são três etapas: a primeira é o corte de secretarias, depois as indiretas, como enxugamento da máquina pública como um todo. Sobre a ideia de inovação haverá gabinetes específicos de inovação para tratar da questão de uma forma transversal em todas as secretarias; tem ainda algumas rodovias que são gargalos importantes no Estado, como a PR-280, a PR-323 e a PR-092; a questão de consórcios, que é uma pauta do governador também muito forte. Enfim, são temas estruturantes que nós vamos acabar incubando. Uma decisão do governador importante é que nós vamos criar dentro da Casa Civil uma pactuação com a sociedade também. Importante nós sairmos um pouco da relação política, do dia a dia político com trato com os deputados, com os prefeitos, que é fundamental, mas é preciso uma interlocução mais firme, mais atuante, transparente com a sociedade. Talvez essa seja a grande guinada da Casa Civil.

Seria também o principal desafio, em um momento de sociedade mais reticente com relação à política?

As urnas demonstraram que houve uma ruptura no processo político tradicional; isso aconteceu no Paraná, nos principais Estados. E ficou muito claro que é necessário que o processo político seja mais aberto; que ele se utilize dos canais tradicionais, com o parlamento, com os tribunais, com a estrutura física normal, a estrutura política normal, mas com muita evidência na necessidade de o governo ampliar esse debate com a sociedade e trazer a sociedade para participar. Que a sociedade possa reconstruir esse sentimento de pertencimento ao Estado. Naturalmente nós vamos pensar no governo, mas a ideia é projetar o Estado com a participação da sociedade civil organizada, pactuando regionalmente obras e projetos estruturantes, para que a gente possa de fato dar voz ou encontrar instrumentos e mecanismos para que possamos entregar à sociedade obras e ações que vão mudar a realidade do Paraná.

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