CÂMARA

Ideia protege dignidade da criança vítima de violência

Com apoio da deputada Delegada Katarina (PSD-SE), comissão aprova projeto que recomenda criação de sala especial para atendimento e exames periciais em crianças e adolescentes vítimas de violência

23/08/2023

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A deputada Delegada Katarina, relatora da proposta: “Objetivo é criar novas formas de proteção à criança e ao adolescente”

 

Edição Scriptum com Agência Câmara

 

Por recomendação da deputada Delegada Katarina (PSD-SE), a Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou proposta que recomenda a adaptação ou criação de sala reservada para o atendimento e a realização de exames periciais julgados necessários em crianças e adolescentes vítimas de violência. A ideia é preservar a intimidade, a imagem e a dignidade dos jovens.

“O objetivo do projeto é aperfeiçoar o ordenamento jurídico, no sentido de criar novas formas de proteção à criança e ao adolescente”, explicou a parlamentar, que apresentou um substitutivo ao Projeto de Lei 204/22, do ex-deputado Francisco Jr. (PSD-GO).

A relatora Delegada Katarina optou por inserir uma sugestão no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – a versão original previa lei autônoma e tornava a medida obrigatória. “A fim de dar plena eficácia à ideia, foi necessária a adaptação do texto, para que o ajuste no ECA tenha conteúdo propositivo, pois a redação original extrapolaria a competência do Parlamento”, disse a deputada. Ela citou experiência em Sergipe, onde medida similar só acabou implantada após ato do Poder Executivo.

Assim, o substitutivo aprovado orienta cada unidade de serviço de medicina legal dos órgãos centrais de perícia oficial de natureza criminal, em geral vinculados aos governos dos estados e do Distrito Federal, a contar com no mínimo uma sala adaptada ou reservada para crianças e adolescentes vítimas de violência.

“Não devemos promover novo trauma durante a realização dos exames periciais necessários, obrigando as vítimas a passar por grande constrangimento”, afirmou o ex-deputado Francisco Jr., autor da versão original da proposta. “Essas crianças e adolescentes já vivenciaram um grande trauma: a violência”, justificou.

A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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