MUNICÍPIOS

Kalil é campeão de popularidade nas redes sociais

Pesquisa da consultoria Quaest mostra que o prefeito de Belo Horizonte se destaca em relação aos seus colegas de outras capitais brasileiras, apesar de adotar medidas rigorosas contra a pandemia

09/04/2021

FacebookWhatsAppTwitter

O prefeito Alexandre Kalil tem adotado principalmente o Twitter como ferramenta de comunicação.

 

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), é o que tem maior popularidade digital entre os 26 mandatários de capitais brasileiras. A constatação é da consultoria Quaest, que divulgou pesquisa sobre o impacto dos gestores municipais nas redes sociais.

O resultado foi registrado em meio a medidas rigorosas adotadas por Kalil para conter a disseminação do coronavírus, a exemplo do anúncio, esta semana, da decisão de manter fechado o comércio considerado não essencial, sem previsão para voltar ao funcionamento normal.

Além disso, a pesquisa indica também que Kalil está no terceiro lugar em um ranking de popularidade digital entre 13 nomes da política nacional. Fica apenas atrás do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – empatados tecnicamente em primeiro lugar. Kalil disparou ao bater de frente com o ministro do STF Kassio Nunes Marques sobre a liberação de cultos religiosos no pior momento da pandemia.

Na pesquisa, e divulgada pela consultoria Quaest na segunda-feira (5), Kalil aparece com 45,9 pontos, à frente de possíveis presidenciáveis como Ciro Gomes (PDT), com 36,3; Luciano Huck (sem partido), com 29,7; Sergio Moro (sem partido), com 23,1; e João Doria (PSDB), com 19,7.

O índice calculado pela Quaest varia de 0 a 100 e considera dimensões como presença nas diferentes plataformas digitais, número de seguidores e compartilhamento de postagens. Considerando os 26 prefeitos das capitais, Kalil soma 81,29 pontos, enquanto o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), atinge 42,47. Já Bruno Covas (PSDB), que comanda São Paulo, a maior cidade do país, aparece na sexta posição, atrás de prefeitos de cidades menores como São Luís e Florianópolis.

Kalil tem adotado principalmente o Twitter, onde tem 1,2 milhão de seguidores, como ferramenta de comunicação. A situação da pandemia, com anúncios relacionados a vacinas e medidas de restrição de circulação, têm sido os únicos temas de que trata desde janeiro. Na postagem com maior engajamento no período, informou que a capital mineira oferecia vagas de UTI infantis para crianças de Manaus, que enfrentava naquele momento a falta de oxigênio.

Para ele, “o erro é de quem não aborda só a pandemia. Não tem outro assunto no Brasil”. Kalil atribui sua popularidade digital à “lei da oferta e da procura” e garante que escreve sozinho cada linha publicada. “Eu sou direto. Não acho que a rede social é uma brincadeira. Eu não sou arroz de festa na minha rede social, até porque prefeito não tem tempo de ficar tuitando”.

O prefeito da capital mineira reconhece que as redes são uma “ferramenta poderosa”, mas não acompanha o que acontece nas plataformas. Ele não segue ninguém no Twitter. Diz que nunca usou nem mesmo o WhatsApp. “Melhor jeito de conversar é assim (por telefone). Você ouve meu tom de voz, e eu o seu. Quando quero falar com meu filho, eu ligo”, explica.

Sócio da Quaest, o cientista político Felipe Nunes, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), destaca que Kalil já apostava na construção de uma rede virtual de relacionamento com torcedores, ao fazer anúncios pelo Twitter. “Ele traz essa forma de comunicação do ambiente do futebol para a política. Ele publica pouco, trabalha com outra lógica, que é de se posicionar com o timing certo. Ele já saiu de Belo Horizonte, não fala apenas para a cidade, mas também para o interior. Agora tenta falar para além de Minas”.

FacebookWhatsAppTwitter

  0 Comentários

FacebookWhatsAppTwitter