ESTADOS

Líder do PSD na Câmara defende o Lago de Furnas

Em discurso no plenário, Diego Andrade (PSD-MG) alertou que a má gestão do reservatório está prejudicando a economia e a população, criando um cenário de abandono na região

14/02/2020

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A má gestão do Lago de Furnas está prejudicando a economia e a população de Minas Gerais. A advertência foi feita na quarta-feira (12), no plenário da Câmara, pelo coordenador da bancada mineira e líder da bancada do PSD, o deputado federal Diego Andrade (MG). Em discurso contundente em defesa do Lago, ele disse que o nível do espelho d’água está cada vez mais baixo e tem prejudicado moradores e a atividade turística como um todo em mais de 34 municípios mineiros. “Em um momento que Minas Gerais atinge volumes históricos de chuva, estamos perdendo a oportunidade de aproveitar um dos maiores potenciais turísticos do Estado. E tudo por problemas de gestão na área de Minas e Energia”, disse Andrade.

O deputado é defensor da chamada Cota 762, que é o nível considerado ideal para que o Lago de Furnas seja aproveitado tanto para geração de energia quanto para as atividades comerciais, turísticas e náuticas. Hoje, segundo dados da Furnas Centrais Elétricas, o Lago está a apenas 754 metros acima do nível do mar. “Sonhos foram deixados para trás e todos na região se reinventaram. Mas, anos depois, presenciamos cenas catastróficas e um espelho d’água cada vez menos vistoso. Sabemos que é possível manter a geração de energia respeitando a cota 762, o que não foi feito pelo Governo Federal. Se andarmos pela região é possível ver ranchos, pousadas e até hotéis abandonados. A piscicultura e os pequenos produtores rurais também sofrem”, afirmou o deputado mineiro.

Para solucionar estes problemas, Diego Andrade se reuniu com o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, e também com o de Minas e Energia, Bento Albuquerque. “É preciso que haja vontade política e a união de todos. Com uma gestão equilibrada de Furnas e do nosso precioso recurso hídrico, é possível sim, gerar energia e manter o nível do lago em um patamar satisfatório para promover o turismo de Minas Gerais.”

Cenário de abandono

O Lago de Furnas abrange 34 cidades mineiras numa extensão de 1.406 quilômetros quadrados, sendo um dos maiores lagos artificiais do mundo – a orla do lago tem 3.500 quilômetros de perímetro e é quatro vezes maior que a Baía de Guanabara. Mas, o que era para ser um mar de água doce se tornou um cenário de abandono. Hotéis, pousadas, ranchos e outros empreendimentos turísticos e náuticos sucumbiram diante do baixo volume de água do lago e houve queda no número de visitantes.

Mais de 300 empreendimentos foram construídos às margens do Lago de Furnas desde a sua criação. Na época, foi necessário inundar uma grande quantidade de terras, o que forçou a retirada de 35 mil pessoas das regiões inundadas.

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