CONGRESSO

Pacheco defende pacificação em discurso de posse

Após sua reeleição, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que continuará a defender a democracia de maneira intransigente e condenou o “discurso de ódio” que agride as instituições

02/02/2023

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Redação Scriptum com Agência Senado

O Brasil precisa de pacificação, mas isso não significa omissão ou leniência diante de ameaças golpistas e de desinformação. O alerta foi feito na noite de quarta-feira (1) pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao tomar posse pela segunda vez no cargo, logo após ter sido reeleito com 49 votos. Ele garantiu que continuará a defender de maneira intransigente a democracia. Em um discurso incisivo, cobrou das lideranças políticas o fim do que chamou de “polarização tóxica”.

Segundo disse, “o discurso de ódio, o discurso mentiroso, o discurso golpista que aflige e afasta a democracia deve ser desestimulado, desmentido, combatido por todos nós, sem exceções”. Em sua opinião, “lideranças políticas que possuem compromisso com o Brasil sabem disso. Lideranças políticas que possuem compromisso com o futuro do Brasil não podem se omitir neste momento. O enfrentamento da desinformação deve ser claro, assertivo e direto. Só assim vamos vencer a cultura do ódio, que nos divide e nos enfraquece”, afirmou.

Pacheco lembrou ainda que os interesses do país estão acima de questões partidárias e que os Poderes da República precisam trabalhar em harmonia. Os entes federados, segundo o presidente, devem atuar de modo sincronizado para que as políticas públicas possam efetivamente chegar à população. Ele garantiu que defenderá a independência do Senado e do Congresso Nacional de modo firme e perseverante e disse que atuará em busca da união das instituições.

“A democracia está de pé pelo trabalho de quem se dispôs ao diálogo, e não ao confronto. E continuaremos de pé, defendendo e honrando esta nação”, afirmou o senador do PSD, após ressaltar que pacificação não é defender soluções que geram instabilidade institucional, e sim entender que o Brasil é um só.

Atos antidemocráticos

Atos como os ataques antidemocráticos às sedes dos três Poderes em 8 de janeiro, disse Pacheco, não podem e não vão se repetir. Para ele, os brasileiros precisam voltar a divergir civilizadamente, reconhecer com sobriedade quando derrotados e respeitar a autoridade das instituições públicas.

“Só há ordem se assim o fizerem. Só há patriotismo se assim o fizerem. Só há humanidade se assim o fizerem. O papel de incentivar essa postura deve ser assumido primordialmente pelas lideranças políticas brasileiras. Por todas as lideranças políticas brasileiras”, ressaltou.

Ele lembrou que, da parte da Presidência do Senado, a resposta contra a tentativa de ferir a democracia foi incisiva e rápida. Os criminosos responsáveis pela invasão do Congresso foram identificados e uma representação contra eles foi feita junto ao Ministério Público Federal. Nas palavras de Pacheco, os acontecimentos do dia 8 de janeiro estão sendo superados, mas não serão esquecidos.

Pautas

Produzir leis em defesa das minorias, contra o racismo e a favor das mulheres será um dos focos do trabalho da Casa, disse o senador. Para ele, o Poder Legislativo brasileiro também precisa continuar buscando soluções para a desigualdade social, para a fome e para os problemas no meio ambiente.

“Seremos colaborativos com o Poder Executivo, com o presidente da República, seus ministros de Estado, suas instituições de governo, para viabilizar medidas que permitam a volta do crescimento e o desenvolvimento da infraestrutura nacional. Queremos estabelecer pontes e ajudar a construir soluções. Não esperem de nós, sociedade brasileira, menos do que isso”, declarou.

Rodrigo Pacheco destacou que os anos de 2021 e 2022, em que esteve à frente da Presidência do Senado, foram os mais produtivos desde a promulgação da Constituição de 1988, com 774 proposições aprovadas. Ele também lembrou de promessas cumpridas durante seu primeiro mandato, como a criação da liderança da Oposição e da Bancada Feminina, garantindo pluralidade ao Senado, e as reuniões periódicas com líderes para construir conjuntamente a pauta.

De acordo com ele, haverá empenho para retomar os trabalhos presenciais do Senado, sem prejuízo de manter em uso o sistema de deliberação remota, um avanço de celeridade e economia.

Disputa

Pacheco agradeceu aos colegas senadores que o reconduziram à Presidência e ao seu adversário na disputa ao cargo, senador Rogério Marinho (PL-RN). Ele também fez uma homenagem a Minas Gerais, que o elegeu. “Ao meu povo mineiro, prometo continuar trabalhando por nossos 853 municípios, que me permitiram entender a imensidão que é o nosso país. Sem prejuízo, prometo igualmente destinar a mesma energia para atender às necessidades de todos os demais Estados, Distrito Federal e municípios brasileiros, pois Minas é Brasil e o Brasil é um só.

 

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