CONGRESSO

Por acordo, Omar Aziz deve presidir a CPI da Pandemia

Senador do PSD do Amazonas foi escolhido pela maioria dos integrantes da comissão, que terá também o senador Otto Alencar (PSD-BA). Eleição ocorrerá na data da instalação do colegiado

16/04/2021

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O senador Omar Aziz disse que ainda conversa com os colegas sobre o tema e que não há uma decisão oficial

 

O senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, deverá ser escolhido presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai examinar as ações do governo no enfrentamento da pandemia. A informação, divulgada nesta sexta-feira (16) pelos principais veículos de comunicação, é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento de criação da CPI, que deve ser o vice-presidente do colegiado.

O acordo para a eleição de Aziz – que só ocorrerá na sessão de instalação do colegiado, ainda sem data marcada –, foi fechado pela maioria dos integrantes da CPI. O intuito é garantir nomes consensuais e evitar disputas.

Em entrevista a O Globo, o senador Omar Aziz disse que ainda conversa com os colegas sobre o tema e que não há uma decisão oficial. Aliados do parlamentar confirmam que ele já tem apoio suficiente para se eleger. Aziz também tem respaldo do governo. Falando ao jornal O Estado de S. Paulo, Aziz lembrou que “não tem governo, seja de direita, centro ou esquerda, que não tenha cometido equívocos nessa pandemia. Em todos os Estados está tendo morte. O João Doria é 100% contrário ao pensamento do (presidente Jair) Bolsonaro. São Paulo, por acaso, está vivendo um mar de rosas?”.

Outro representante do PSD na CPI da Pandemia será o senador baiano Otto Alencar. Ele acredita que em 90 dias no máximo, com a prorrogação, o colegiado vai ter o relatório final para apresentar ao país. De acordo com Otto, na próxima semana já deve ser possível iniciar as reuniões. O presidente da CPI será o responsável por definir se elas serão remotas, semipresencial ou presenciais. “Com a situação de trabalhar remoto, podemos ter dificuldades. Em algum momento vai precisar ser presencial porque tem sigilos, talvez acareação. Isso demanda ação presencial”, disse.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan, Otto Alencar criticou as atitudes do governo frente à pandemia, disse que as assinaturas para compra de vacina deveriam ter sido feitas no ano passado e reprovou a declaração do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que a aquisição do imunizante deveria ser sob demanda. “Cálculo todo errado. Trabalhou em cima da proposta de Osmar Terra, que dizia que a doença iria se propagar e teríamos a imunidade de rebanho. Totalmente distante da realidade científica e médica. Foram vários atos inconsequentes e equivocados. A ciência não se dobra. Pazuello se dobrou às vontades do presidente, que é quem ditava as normas e protocolos para execução das ações do Ministério.”

Alencar reforçou que a vacina deveria ter sido prioridade. “Deveríamos ter assinados os contratos de cooperação técnica. De cada 10 vacinas aplicadas hoje, 8,3 são do Instituto Butantan. Por que não assinamos lá trás? Da Pfizer, AstraZeneca, Moderna, Johnson para ter hoje 40%, 50%, 60% do povo vacinado. Uma vacina custa US$ 10, um dia na UTI custa R$ 2 mil. Era só fazer a conta. O Ministério da Saúde é o mais importante. Economia não roda se o povo brasileiro não tiver saúde para trabalhar.”

Para ele, a soberania que deveria ter tido ao longo dos anos é a de investimento em pesquisa e ciência. “Ao contrário de trazer IFA da China ou da Índia, estaríamos produzindo aqui. Se não fez, fica à mercê de quem vai encaminhar ou doar para cá.”

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