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Rio apresenta plano para recuperar legado olímpico

O prefeito carioca, Eduardo Paes (PSD), reacendeu a tocha olímpica e anunciou planos para recuperar o legado dos investimentos feitos na cidade para a realização dos Jogos de 2016

23/07/2021

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O prefeito Eduardo Paes: “O que nós fizemos ao longo do período foi aumentar a prestação de serviço em saúde e educação”

 

 

Ao mesmo tempo que Tóquio, onde estão sendo realizados os Jogos Olímpicos, a cidade do Rio de Janeiro também vive clima de Olimpíadas. Na quinta-feira (22), o prefeito carioca, Eduardo Paes (PSD), reacendeu a Pira Rio 2016 na Esplanada da Candelária para marcar o período olímpico e homenagear o povo japonês,e anunciou o projeto do legado do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, que vai retomar o projeto original de 2016, desmontar a Arena do Futuro e o Centro Aquático Olímpico, além de conceder por 15 anos à iniciativa privada as Arenas Cariocas 1 e 2, além do Centro Olímpico de Tênis.

Paes lembrou, a propósito dos Jogos de 2016, que, “com todo o cenário adverso, conseguimos entregar Jogos que são inesquecíveis. Sob o ponto de vista de organização, foi um tremendo sucesso e deixou um enorme legado para a cidade. Quero desejar todo o sucesso para Tóquio”.

Agora, disse ele, “vamos implantar o legado previsto na época que fizemos o planejamento para os Jogos Rio 2016. Foi uma das Olimpíadas mais baratas da história, com o maior volume de investimento privado e não tem um elefante branco aqui. O legado urbano também está aí. Foram obras que a Olimpíada trouxe como oportunidade e que servem atualmente à população, como o sistema BRT, o Porto Maravilha e o VLT”.

Atualmente, a Prefeitura carioca é a responsável por administrar no Parque Olímpico a Arena 3 e a Via Olímpica. As Arenas Cariocas 1 e 2, o Velódromo, além do Centro Olímpico de Tênis estão sob a responsabilidade do Governo Federal.

No novo plano de legado, a Prefeitura continua responsável pela Arena 3, mas passará a gerenciar o Velódromo. Já as Arenas Cariocas 1 e 2 e o Centro de Tênis serão concedidos para a iniciativa privada, por 15 anos, com um valor de investimento de R$ 25 milhões. O aviso de licitação foi publicado no Diário Oficial no dia 21 de julho.

Além das instalações, o vencedor da iniciativa privada será responsável pela conservação predial de todo o Parque Olímpico, além da transformação da Arena 3 em um Ginásio Experimental Olímpico (GEO), construção de uma nova pista de atletismo e montagem de uma piscina olímpica no complexo.

A população também ganhará novos espaços para a prática esportiva no Parque Olímpico já que todas as atividades desenvolvidas atualmente na Arena Carioca 3 serão transferidas para o Velódromo. A instalação de ciclismo passará a ser de uso comunitário e vai virar uma arena de atividades esportivas com capacidade para receber 1.000 pessoas por dia. Serão oferecidas atividades gratuitas, como ginástica, artes marciais e academia, além da disponibilização das quadras para a prática de esportes coletivos.

Jogos de baixo custo

Segundo a Prefeitura do Rio, os Jogos Olímpicos Rio-2016 foram os que tiveram o menor custo se comparados às últimas quatro Olimpíadas (Tóquio, Rio, Londres e Pequim). Desde os Jogos de 1992, em Barcelona, apenas Atenas (2004) e Atlanta (1996) tiveram despesas menores do que a do Rio de Janeiro. “O que nós fizemos ao longo do período de preparação olímpica foi aumentar a prestação de serviço em saúde e educação. Foram 300 escolas construídas e ampliamos para 70% a população atendida pelo programa Saúde da Família. Nós ampliamos os serviços e gastamos muito pouco com as olimpíadas”, explicou Paes.

O evento teve um orçamento de R$ 39,07 bilhões. Desse total, 57% foram provenientes de investimentos privados. Sendo que R$ 24,6 bilhões do valor foram destinados ao legado urbano. Do orçamento das três esferas de governo (R$ 31,67 bilhões), a Prefeitura do Rio foi a que mais investiu, com 61% do valor: R$ 19,31 bilhões. Desse investimento, R$ 13,41 bilhões foram provenientes do setor privado.

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