Rio de Janeiro lança ação em defesa dos mangues
No Dia Mundial do Meio Ambiente, o prefeito Eduardo Paes (PSD) lançou programa com o objetivo de recuperar e cuidar dos mangues com a participação dos moradores locais
06/06/2023

Vistoria no mangue da lagoa Rodrigo de Freitas
Edição Scriptum com Prefeitura do Rio
No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na segunda-feira (5), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), lançou o programa Guardiões dos Mangues. A ação tem por objetivo recuperar e cuidar da manutenção dos mangues da cidade com a participação dos moradores dos locais beneficiados pelo programa. Na cerimônia de lançamento, no mangue da Lagoa Rodrigo de Freitas, o prefeito Eduardo Paes destacou os benefícios econômicos da preservação ambiental.
“Na cidade do Rio, o meio ambiente é um ativo econômico. Falamos de todos os assuntos relacionados com a discussão ambiental, mas o Rio se diferencia pela questão do impacto econômico. As pessoas decidem morar e investir no Rio ou decidem sair e não investir em razão das qualidades ambientais. Esse é o maior ativo dessa cidade. Se um lugar tem de cuidar da natureza, esse lugar é o Rio de Janeiro. O que me dá esperança e me inspira aqui é que esse programa é gerador de empregos, levando recursos para as comunidades e envolvendo a população na discussão ambiental. Temos um impacto social muito grande”, afirmou Paes.
A secretária municipal de Meio Ambiente, Tainá de Paula, ressaltou que a biodiversidade dos mangues faz com que essas regiões tenham um ecossistema produtivo e benéfico para o equilíbrio do meio ambiente. E lembrou o papel que eles têm na regulação das catástrofes climáticas.
Ela disse que o Rio carecia de uma política específica para os mangues, pois tem dezenas espalhados pela cidade, alguns em favelas e periferias. “Estamos em um ano importante de discussão sobre a emergência climática, então construirmos uma discussão sobre geração de emprego e renda, uma discussão sobre equilíbrio climático, a partir dos nossos manguezais é fundamental. Colocar nossos guardiões dedicados na proteção dos manguezais é uma mudança de paradigma e realidade ambiental da cidade. Mangues saudáveis podem auxiliar na regulação de catástrofes climáticas como enchentes, secas, clima, além de recuperar a degradação dos solos”, disse a secretária.
Áreas mapeadas
No total, foram mapeadas oito áreas de mangues no município do Rio: enseadas da Baía de Guanabara; margens das lagoas da Barra da Tijuca; Praia da Brisa, em Pedra de Guaratiba; ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas; reserva Biológica de Guaratiba; a Restinga da Marambaia; além da foz dos Canais de São Fernando e Guandu, em Santa Cruz.
O biólogo Mário Moscatelli explica que “antigamente, manguezal era tido como algo a ser exterminado. Felizmente, com o tempo, percebemos que ele tem muitas utilidades, como sequestro de carbono e limpeza da água. A Lagoa Rodrigo de Freitas, que tinha mortandade de peixes, hoje tem sua realidade mudada. Temos até caça submarina atualmente na Lagoa. Tem peixe e a água está transparente. Podemos, claramente, entender nesse Dia do Meio Ambiente que é possível o resgate dos importantes passivos econômicos-ambientais da cidade do Rio. Isso é possível com a articulação do poder público com a iniciativa privada e com a sociedade”, afirmou.
Qualidade
A gestão ambiental da Lagoa Rodrigo de Freitas, feita pela Secretaria de Ambiente e Clima, Fundação Rio-Águas e Comlurb, entre outros órgãos, já tem mostrado resultados na qualidade do espelho d’água. A melhoria foi fruto do Plano Municipal de Contingência da Lagoa Rodrigo de Freitas, que estabeleceu as ações conjuntas de gestão hidráulica, ambiental e de resíduos sólidos da lagoa.
Com a melhoria das condições gerais, o entorno da lagoa começou a registrar o aparecimento de capivaras, galinhas d’água e colhereiros, sendo este um indicador de qualidade ambiental. Foi registrado ainda o aparecimento de biguás, que se beneficiam da fartura de pescados.
LINK: https://psd.org.br/noticia/rio-de-janeiro-lanca-acao-em-defesa-dos-mangues/