MUNICÍPIOS

Rio lança programa de combate à pobreza menstrual

Segundo o prefeito Eduardo Paes (PSD), serão distribuídos gratuitamente oito milhões de absorventes íntimo por ano a estudantes da rede municipal de ensino, com investimento de R$ 14 milhões por ano

13/10/2021

FacebookWhatsAppTwitter

 

O prefeito Eduardo Paes durante o lançamento do programa: Prefeitura fará um investimento de R$ 14 milhões por ano

 

Com a expectativa de beneficiar cerca de 100 mil estudantes da rede municipal de ensino, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) lançou na quarta-feira (13), o programa “Livres para Estudar” , que pretende distribuir, gratuitamente, oito milhões de absorventes íntimos por ano para as adolescentes, meninos trans e pessoas não-binárias.

Com o programa de combate à pobreza menstrual e à evasão escolar, a Prefeitura do Rio fará um investimento de R$ 14 milhões por ano. A distribuição começará a ser feita a partir da próxima semana, quando terá início a nova fase do ensino presencial, em que 100% dos alunos poderão ir todos os dias para a escola.

De acordo com Eduardo Paes, “a escola é o espaço em que atingimos as pessoas que mais precisam. Temos que superar esses tabus, menstruação é algo normal, acontece com todas as mulheres. Defendemos a dignidade de gênero, temos que preservar e proteger as nossas meninas, esse é o objetivo da Prefeitura. Vamos distribuir absorventes para todas as nossas meninas do segundo segmento da rede pública municipal, que é a maior da América Latina. Que alegria poder colocar o Rio mais uma vez na vanguarda”.

O programa faz parte de uma política pública para diminuir o índice de evasão entre as alunas do Ensino Fundamental II, em média entre 11 e 14 anos. Os números mostram que uma entre cada quatro jovens já faltou às aulas por não ter absorventes. Ou seja, em torno de 43 mil alunas cariocas já deixaram de ir para a escola devido à pobreza menstrual.

O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, lembrou que “não pode ser normal que uma menina deixe de ir pra escola simplesmente por não conseguir comprar um absorvente”. Para ele, “o que estamos fazendo aqui é dar o mínimo, dar dignidade para nossas alunas estudarem decentemente e não largarem a escola. Aqui no Rio elas serão livres para estudar”.

O “Livres para Estudar” conta com a parceria do Tribunal de Justiça, da Comissão da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e dos grupos Girl Up e Elas na Escola. Segundo a secretária de Política e Proteção da Mulher da Prefeitura carioca, Joyce Trindade, “a parceria vai nos ajudar a não pensar apenas na questão da pobreza menstrual, mas também no autoconhecimento das adolescentes, desde o ensino básico. Vamos fazer rodas de conversa com os adolescentes e ações educacionais junto a professores e diretores para garantir às meninas, meninos trans e pessoas não-binárias o acesso a esse direito básico, que é o absorvente íntimo”.

FacebookWhatsAppTwitter

  0 Comentários

FacebookWhatsAppTwitter