Robinson Faria não deverá ter problemas com a nova Assembleia do RN

“Governo tem que ter diálogo. Governo que não escuta o clamor da sociedade sempre fracassa”, diz o governador eleito.

11/11/2014

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O governador eleito do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, do PSD, não deverá ter dificuldades com a Assembleia Legislativa do Estado durante seu mandato. A previsão é dos próprios deputados eleitos em outubro último, segundo reportagem de Anna Ruth Dantas, da Tribuna do Norte, de Natal.

O próprio Robinson Faria disse, em entrevista ao portal do PSD, há duas semanas, que embora sua coligação tenha feito apenas um terço dos deputados estaduais eleitos, não esperava ter resistência do seu projeto. “Nós temos que salvar o Rio Grande do Norte. A Assembleia acaba de ser eleita, renovada, e ela não pode ser contra salvar o Estado”, defendeu. “A Assembleia Legislativa é minha casa, trabalhei lá por muitos anos, e então tenho facilidade de dialogar com os deputados estaduais”.

É neste ponto que Robinson Faria insiste: a convergência por meio do diálogo. “Governo tem que ter diálogo. Governo que peca pela autossuficiência e não escuta o clamor da sociedade sempre fracassa”, diz. Como a minha marca é o diálogo, é o que vou continuar fazendo.

Para os parlamentares eleitos este ano, mesmo tendo eleito uma base de apoio de apenas 8 dos 24 deputados estaduais, o novo governador poderá contar com a boa vontade do Legislativo.

As urnas de 5 de outubro conduziram à Assembleia seis aliados de Robinson: Fernando Mineiro (PT), José Dias (PSD), Disson Lisboa (PSD), Cristiane Dantas (PC do B), Carlos Augusto Maia (PT do B) e Galeno Torquato (PSD). No segundo turno, juntaram-se ao grupo os deputados Gustavo Carvalho (PROS) e José Adécio (DEM).

Contudo, segundo o jornal Tribuna do Norte, o deputado estadual Ricardo Motta (PROS), atual presidente da Assembleia, por exemplo, diz que a Casa “nunca fez oposição ao Rio Grande do Norte. “A Assembleia está de portas abertas, como sempre esteve para receber os projetos de interesse da sociedade potiguar. Não se trata de governo ou oposição”, destacou.

Motta acredita que o Executivo e os deputados pensarão conjuntamente no Estado, na qualidade de vida das pessoas. Já o deputado estadual Ezequiel Ferreira (PMDB) diz que o embate político-partidário foi encerrado no dia 26 de outubro. Para o peemedebista, o momento é de união de toda classe política para tentar tirar o Estado “do caos em que se encontra hoje”.

“Precisamos dar as mãos para trabalhar pelo Estado. Esse é o pensamento da classe política para que as políticas públicas desse Estado voltem a funcionar. Inadmissível termos saúde pública precária. Segurança que, lamentavelmente, pode ser substituída por insegurança pública”, avalia o deputado.

Ezequiel Ferreira defende que o Executivo ataque medidas emergenciais para as prioridades em torno da execução de um projeto econômico para o Rio Grande do Norte. “A classe política precisa se unir junto com o novo governador”, observa.

Ezequiel Ferreira chama a atenção também para o projeto do Orçamento Geral do Estado. Ele defende que seja promovida uma rodada de discussão com todos os Poderes para que seja feito um “orçamento exequível” e oferecer condições para a administração do próximo gestor. “Não me recordo nesses últimos anos do Governo uma situação tão delicada, tão frágil. Precisamos de gestão eficiente capaz, completa.

O deputado estadual Nelter Queiroz (PMDB) diz que, se estivesse no lugar do governador eleito Robinson Faria cuidaria dos projetos para o Estado e não se preocuparia com a Assembleia. “Nenhum deputado aqui tem coragem de votar contra os projetos bons para o Estado do Rio Grande do Norte, só se for louco. Vamos fazer uma oposição construtiva, sem ser raivosa, vigilante, pensando no Rio Grande do Norte. Não podemos pensar em picuinha”, ressaltou.

O deputado estadual George Soares (PR) afirma que o relacionamento de Robinson Faria com o Legislativo dependerá muito do comportamento do chefe do Executivo e da forma como ele vai tratar os deputados. “Diante do Governo de Rosalba nós tivemos muitas dificuldades criadas por coisas pequenas, situações mínimas. E isso foi se agravando de tal forma que essa vinculação Governo-Assembleia foi totalmente rompida”, lembrou George Soares.

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