EPIDEMIA

Senadores querem País na corrida pela vacina contra covid-19

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) é um dos parlamentares que defendem a entrada do Brasil em grupo da OMS que busca vacina contra covid-19. Temem que o país não tenha acesso à vacina, se não colaborar com a OMS

29/05/2020

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O senador Nelsinho Trad: “Brasil não pode ficar de fora destas pesquisas e avanços que podem levar à vacina e à produção maciça de medicamentos”

 

 

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE), deixou clara essa semana a sua preocupação de que o Brasil seja excluído no futuro de um eventual acesso à vacina, caso não colabore com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Após reunião com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ele contou que levou essa preocupação ao encontro. “Esse é o sentimento predominante na CRE e de outros senadores, de acabarmos ficando no final da fila no acesso à vacina, caso o ACT Accelerator atinja seu objetivo, que é o que o mundo todo quer”.

De acordo com ele, pelo desenvolvimento científico que já conseguiu, o Brasil “não pode ficar de fora destas pesquisas e avanços que podem levar à vacina e à produção maciça de medicamentos. Saí da reunião com o chanceler Ernesto muito menos preocupado do que entrei, quando ele me garantiu que a decisão pode sair na terça-feira”, revelou o senador.

Segundo Trad, a Casa Civil da Presidência da República coordenará na terça-feira (2) reunião interministerial que vai tratar da entrada do Brasil no ACT Accelerator, iniciativa global gerida pela OMS que pesquisa uma vacina contra o coronavírus.

A reunião interministerial contará também com a participação dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, e da Saúde. O ACT Accelerator já dispõe de U$ 8 bilhões para investir em pesquisas. Mais de 40 países já aderiram, entre eles Alemanha, Japão, Canadá, Reino Unido, França, Italia, Espanha, Israel e Noruega, além da União Europeia enquanto órgão multigovernamental. A China também apoia e anunciou a destinação de parte de seu fundo bilionário de pesquisa para o grupo. Dezenas de institutos de pesquisa, fundações e órgãos privados também colaboram, entre eles, a Fundação Bill e Melinda Gates. O objetivo da iniciativa é “desenvolver ferramentas de combate ao coronavírus em tempo, acesso e escala recordes”, segundo seu documento oficial.

O senador sul-mato-grossense disse estar convicto de que sensibilizou o ministro. “Espero que o Brasil se integre. O Brasil é respeitado na OMS, nossa tradição de parceria com este órgão da ONU já dura décadas. Isto ocorreu na quebra de patentes de remédios contra a Aids, nas muitas pesquisas sobre as doenças tropicais, e recentemente nos esforços contra a zika, chicungunya e dengue. Temos muitos cientistas de atuação internacional e a Fiocruz já está lá colaborando com a OMS em outras iniciativas contra o coronavírus’, reforçou Trad.

 

Fonte: Agência Senado

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