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Audiência discute ajuda a refugiados em Guarulhos

A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) fez relato sobre situação de imigrantes sem visto acampados em aeroporto paulista

16 de ago de 2024

A senadora Mara Gabrilli participa de audiência da Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados

Edição Scriptum com Agência Senado

Em cumprimento de plano de trabalho apresentado pela relatora do colegiado, senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), a Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados (CMMIR) realizou esta semana audiência pública sobre a situação de centenas de imigrantes acampados no aeroporto de Guarulhos.

Na audiência, uma das constatações foi que, como o Brasil não exige visto de trânsito para passageiros que compram passagem para outro país, muitos imigrantes desembarcam em São Paulo em uma conexão. Em seguida, ocupam o aeroporto de Guarulhos, tentando ficar no país de maneira irregular. Os participantes discutiram uma diligência realizada no aeroporto internacional em junho. Integrantes da comissão foram conhecer pessoalmente a situação

A senadora do PSD paulista também esteve no aeroporto para ver de perto a situação das cerca de 400 pessoas que estão pedindo refúgio no Brasil. Segundo ela, foram identificadas situações desumanas dos refugiados, principalmente da Índia, além de outros países asiáticos e também africanos.

“Era gente de muitos lugares, do Paquistão, do Afeganistão. Eles dormiam no chão, improvisaram naquelas cadeiras, e as cadeiras tinham apoio de braço. Então as pessoas intercalavam, um pedaço do corpo vai por baixo, um pedaço por cima do apoio de braço, outro pedaço por baixo. Eles estavam sem produtos básicos de higiene, então as mulheres me pediram absorventes. Os homens pediam alimentação, por exemplo, os indianos, que não comem carne de vaca, além da ausência de medicamento”, contou a senadora.

O presidente da comissão, deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE), afirmou que a situação no aeroporto está estabilizada, mas já houve centenas de pessoas barradas, que ficaram em salas de espera e nos corredores do aeroporto.

Gadêlha reconheceu que o governo tem feito esforços para resolver a questão, mas ressaltou que esse problema tem sido frequente nos últimos anos. Em abril de 2023, foram os nepaleses; em dezembro do mesmo ano, os vietnamitas; em junho de 2024, indianos e outros.

“Então, se esse é um assunto que vem se repetindo, de centenas de pessoas deitadas no chão dos aeroportos, esperando que a estrutura do aeroporto dê conta de analisar a situação de cada uma para tomar alguma providência, a gente precisa discutir na comissão o que fazer para que episódios como esse não se repitam”, disse.

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