03 de fev de 2013
· empreendedorismo, negócios, pesquisa, PSD
A valorização do empreendedorismo e a luta pela redução dos obstáculos que atrapalham a existência das novas empresas – bandeiras defendidas pelo PSD desde a sua criação – vêm ganhando espaço cada vez maior entre a população brasileira.
De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2012 (GEM), realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), atualmente mais de 30% da população adulta está envolvida com a criação ou administração de um negócio, o que significa um aumento de 44% em relação ao mesmo índice de 10 anos atrás.
Empreendedorismo e iniciativas inovadoras, aliás, são tema de um seminário que o PSD – por intermédio do Espaço Democrático – realiza nesta segunda-feira, 4 de fevereiro, com transmissão online pela internet. A partir das 19 horas, quem acessar o endereço www.psd.org.br poderá participar do debate com especialistas no assunto Economia Criativa e Empreendedorismo, enviando sugestões e perguntas. Mais informações aqui.
Ao comentar a pesquisa realizada pelo órgão, o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, lembrou que “o brasileiro está mais escolarizado e passou a abrir empresa por identificar uma demanda de negócio. É muito diferente do cenário há alguns anos, quando a pessoa abria empresa ao ficar desempregada e não encontrar outra alternativa”, acrescenta.
Atualmente, quase 70% dos empreendedores abrem um negócio por oportunidade. Em 2002, o índice dos que empreendiam motivados pela identificação de uma chance no mercado empresarial era de 42,4%. O dinamismo da economia brasileira nos últimos dez anos, com o aquecimento do mercado de trabalho e a melhora do grau de escolaridade dos brasileiros, promoveu o empreendedorismo como uma alternativa de ocupação e renda aos brasileiros em todas as regiões do país. “O empreendedorismo hoje tem mais qualidade porque cresce justamente em um momento em que o nível de emprego está bastante alto”, completa Barretto.
O levantamento comprova a evolução da atividade empreendedora no país. Em 2002, 20,9% da população estava envolvida na criação ou administração de um negócio. Dez anos depois, o índice saltou para 30,2% da população adulta, entre 18 e 64 anos. O crescimento de 44% na taxa de empreendedorismo é compatível com o dinamismo da economia brasileira no período, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu em média cerca de 4%. Para 88% dos brasileiros adultos, o início de novo negócio é uma boa opção de carreira.
Homens e mulheres dividem o comando dos novos negócios brasileiros – aqueles com até 3,5 anos de atividade. De acordo com a pesquisa, 49,6% dos que iniciam a carreira empresarial são do sexo feminino. O percentual de mulheres é maior entre os empreendedores que abrem um estabelecimento do que entre aqueles com empresas já estabelecidas.
Os negócios iniciais estão mais concentrados nas mãos de jovens entre 25 e 34 anos, que respondem pela criação de 33,8% das empresas. A faixa etária entre 35 e 44 anos reúne 27% das novas empresas. Já entre os empreendimentos estabelecidos – com mais de 3,5 anos de atividade -, a idade predominante está entre 35 e 44 anos, com 30% dos negócios.
A pesquisa GEM aponta ainda que a escolaridade está melhorando entre as empresas iniciais. Enquanto que nos negócios com mais de 3,5 anos de existência 30% dos empresários têm o ensino médio completo, nas empresas novas o índice corresponde a 37%.