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SOLIDARIEDADE

BH investe em cidadania para pessoas em situação de rua

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), lançou selo que reconhece a contribuição de empresas no trabalho realizado para oferecer qualificação e empregos a quem vive ao relento

02 de out de 2019 · #alexandrekalil

Prefeito Alexandre Kalil destacou que recursos do setor privado são muito importantes para implementação de políticas públicas

Edição: Scriptum

Em mais uma ação adotada para resgatar pessoas que vivem em situação de rua em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) lançou nesta quarta-feira (2) o Selo de Responsabilidade Social do Programa Estamos juntos, que oferece vagas de emprego e qualificação profissional. O objetivo é reconhecer publicamente os esforços de empresas que aderiram ao programa, contribuindo para o trabalho que é realizado pela Prefeitura com esse objetivo.

De acordo com o prefeito, os recursos do setor privado são muito importantes para implementação de políticas públicas. “O entendimento é que a Prefeitura precisa muito do empresariado. É estupidez falar de ajuda a quem precisa sem o lucro do empresariado, de quem gera impostos”. Ele afirmou que sua gestão tem consciência “de que o trabalho social é feito com o lucro, produção e colaboração do empresariado. O poder público é repassador do dinheiro do setor privado”, disse em entrevista coletiva na sede da Prefeitura de Belo Horizonte.

O programa Estamos Juntos tem por objetivo garantir a inclusão produtiva da população em situação de rua. Atualmente, 14 instituições são parceiras do programa. A secretária municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Maíra Colares, informou que nos seus primeiros meses foram oferecidas 87 vagas de trabalho e 116 vagas de qualificação profissional. A oferta de emprego é um dos passos para que o morador saia das ruas, explicou. “A saída das ruas não é automática. Essas pessoas estão em nossas unidades e o acompanhamento técnico é fundamental para que a gente construa essa saída das ruas de forma definitiva”, lembrou a secretária.

As equipes técnicas das políticas municipais, principalmente dos abrigos municipais, fizeram o mapeamento das pessoas em situação de rua, identificando experiências de trabalho e interesses. Em seguida, essas pessoas foram encaminhadas ao Sine para orientações. “À medida que as empresas disponibilizavam vagas de trabalho, esses usuários eram encaminhados para entrevistas. “A gente vive momento de crise grande, tanto econômica, que tem levado as pessoas para as ruas por perdas econômicas, e também do ponto de vista de repasse de recursos. Temos descontinuidade de repasse tanto do governo federal, como do governo estadual, mas a Prefeitura sabe de sua responsabilidade”, afirmou a secretária.

A coordenadora de desenvolvimento organizacional da Construtora Terraço, Etiene Azevedo, afirmou que o programa “abre portas para a cidadania para as pessoas em situação de rua”. Segundo ela, “a Terraço viu que essa era uma chance de reinserir essas pessoas no mercado de trabalho”.

Junto com as vagas de emprego o beneficiário do programa ainda recebe alojamento, alimentação, orientação psicológica para que possam retornar ao mercado de trabalho. “Devido à crise, muitos pais de família acabaram indo para abrigos e fica cada vez mais complicado retomar. A estrutura percebeu que pode fazer parte social, tanto desenvolver o lado estratégico e interno. Essas pessoas têm facilidade para o aprendizado e são comprometidas”, disse. A empresa recebeu 16 pessoas, mas dez não se adaptaram. Por isso, o processo para recompor as vagas está aberto.

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