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EDUCAÇÃO

Comissão aprova benefício a bolsistas de pós-graduação

Projeto da senadora Zenaide Maia (PSD-RN), relatado por Nelsinho Trad (PSD-MS), prevê que estudantes financiados por bolsas de estudo terão alíquota diferenciada na contribuição ao INSS

15 de ago de 2023

O senador Nelsinho Trad, relator da proposta.

Edição Scriptum com Agência Senado

Aprovado na terça-feira (15) pela Comissão de Educação (CE) do Senado, o Projeto de Lei 675/2022 prevê que estudantes e pesquisadores de mestrado, doutorado e pós-doutorado financiados por bolsas de estudo terão alíquota diferenciada de contribuição para aderirem ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

A proposta, que fixa a alíquota em 5% sobre o total dos valores recebidos de todas as entidades de ensino e de financiamento educacional, segue para decisão final da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O texto aprovado abarca bolsistas de cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado, doutorado e pós-doutorado).

Atualmente, os bolsistas são “contribuintes facultativos” na qualidade de estudantes nos termos da Lei 8.213, de 1991. Ao apresentar o projeto, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) informou que grande parte dos bolsistas não conseguem contabilizar o tempo dedicado a pesquisas para fins de aposentadoria. Ela explica que a medida representará um estímulo ao ingresso de pesquisadores no sistema de seguridade.

“A legislação trabalhista e previdenciária não protege nossos jovens pesquisadores acadêmicos. Esse vazio legal talvez decorra de uma certa ênfase no vínculo empregatício como fator de direitos. Dessa forma, estudantes e pesquisadores, que tanto representam para o desenvolvimento humano e tecnológico do nosso país, perdem a contagem de um tempo relevante de suas vidas para fins de benefícios previdenciários e direitos trabalhistas”, argumenta a senadora.

Eliziane chegou a sugerir uma alíquota de 2%, mas o texto foi alterado pelo relator, senador Nelsinho Trad (PSD-MS). O senador sul-mato-grossense foi favorável, no mérito, à proposta. “Deixamos de incluir os demais estudantes de graduação latu sensu (especialização), de modo a minimizar o impacto financeiro que pode advir da medida, o qual, de todo modo, deverá ser analisado na Comissão de Assuntos Econômicos”.

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