O deputado Eleuses Paiva, do PSD-SP.
Agência Câmara
O avanço da febre chikungunya no País será discutido em uma audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família amanhã (13), às 9h30, com representantes do governo e especialistas. O requerimento para discutir o assunto é assinado pelo presidente da comissão, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), e pelos deputados Mandetta (DEM-MS), Eleuses Paiva (PSD-SP), Geraldo Resende (PMDB-MS) e Rosane Ferreira (PV-PR).
A doença já registrou 824 casos em todo o Brasil até o fim de outubro. “É uma febre desconhecida da população. Então, é importante discutir, dar atenção a essa enfermidade, que pode alterar significativamente o quadro epidemiológico no Brasil”, disse Amauri Teixeira.
“Trata-se de um vírus novo no território nacional, que tem o mesmo vetor da dengue, o mosquito aedes aegypti. Mas a doença tem uma gravidade muito maior. Por isso, precisamos discutir políticas para combater a doença e trazer tranquilidade para a sociedade”, afirmou Eleuses Paiva. (veja o vídeo abaixo)
Sintomas
A febre chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti – o mesmo da dengue – e o Aedes albopictus, espécies encontradas no Brasil. Os sintomas são parecidos com os da dengue e incluem febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos.
O paciente também pode sentir dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. A doença manifesta-se entre dois e 12 dias após a picada do mosquito (período de incubação). Assim como a dengue, ainda não existe um tratamento específico para a chikungunya.
Os primeiros casos foram confirmados no mês de julho. Foram 37 casos “importados”, de pacientes originários, principalmente, do Haiti e da República Dominicana, ambos na América Central, onde a doença é endêmica. Em setembro foram confirmados os primeiros casos “autóctones” (transmissão dentro do território nacional), no Amapá.
Prevenção ao ebola
Além da febre chikungunya, o requerimento dos cinco deputados também pede a discussão das medidas de prevenção ao ebola no País. Os deputados querem saber do governo federal o que vem sendo feito para evitar que a doença viral, que já matou mais de cinco mil pessoas no mundo, chegue ao Brasil.
A audiência pública será realizada no plenário 7 e deverá contar com a presença de representantes da Superintendência de Vigilância de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto de Infectologia e Hospital Emílio Ribas e da Organização Mundial da Saúde (OMS).