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CIÊNCIA

Em novembro, Sirius colocará País na vanguarda da pesquisa

Anúncio foi feito pelo ministro Gilberto Kassab, segundo quem o acelerador de partículas que está sendo construído em Campinas (SP) permitirá avanços científicos extraordinários

28 de set de 2018 · Kassab

Ministro Kassab lembrou que o governo federal colocou o Sirius como prioridade, assegurando recursos para o projeto

Edição: Scriptum

A liberação de R$ 70 milhões pelo governo federal vai permitir a compra dos equipamentos para o início do funcionamento da fonte de luz síncrotron Sirius – o maior projeto da ciência brasileira, que está em construção no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP). A informação foi dada ao presidente Michel Temer, na quarta-feira (27), pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, durante o lançamento do projeto Cidades Inovadoras (leia mais aqui).

De acordo com Kassab, a primeira volta de elétrons no acelerador de partículas Sirius vai ocorrer em novembro. Até hoje, o MCTIC já investiu cerca de R$ 1,3 bilhão no projeto, considerado a maior e mais complexa infraestrutura de pesquisa científica do país.

“Com essa liberação de R$ 70 milhões, já podemos marcar a data da inauguração para novembro, quando faremos uma grande festa da comunidade científica internacional. A inauguração do Sirius vai nos permitir, aqui no Brasil, obter avanços extraordinários em pesquisas. O Brasil estará na vanguarda das pesquisas internacionais”, disse o ministro.

O Sirius, assim como o acelerador já operado pelo CNPEM, será uma instalação aberta à comunidade científica do Brasil e do exterior

Kassab lembrou que o governo federal colocou o Sirius como prioridade, assegurando recursos para o projeto. “Nós, nestes dois anos de gestão, investimos, sob orientação e definição do presidente, mais de R$ 1 bilhão para que pudéssemos chegar a esse momento.”

Os recursos foram liberados pela equipe econômica na segunda-feira (24), garantindo a conclusão da primeira etapa das obras do Sirius. O acelerador de partículas vai colocar o Brasil na fronteira do conhecimento ao abrir novas perspectivas em áreas como ciência dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia, física e ciências ambientais, além de contribuir para a internacionalização da ciência brasileira por meio do aumento da presença de estrangeiros entre os usuários. O Sirius, assim como o acelerador já operado pelo CNPEM, será uma instalação aberta à comunidade científica do Brasil e do exterior.

A disponibilização destes recursos viabilizará a conclusão das obras civis do prédio de 68 mil m2, a montagem total dos três aceleradores e a “volta de elétrons” em dois deles em novembro. Além da importância científica em si, o projeto se destaca por serem empreendidas obras de alta precisão.

No total, o projeto deve custar R$ 1,8 bilhão. Somente em 2018, já foram liberados R$ 352 milhões para a conclusão das obras civis e da montagem dos três aceleradores que compõem o Sirius. Com isso, todo equipamento será montado e dois dos três aceleradores já estarão recebendo feixe de elétrons. O terceiro e mais complexo acelerador receberá os elétrons quando a equipe técnica instalar um vácuo próximo ao encontrado no espaço dentro do túnel do acelerador – um processo altamente sofisticado e delicado.

“Trata-se uma máquina de altíssima performance que colocará o Brasil na ponta da pesquisa científica”, ressaltou o presidente do Conselho de Administração do CNPEM, Rogério César de Cerqueira Leite. “O Sirius é um projeto estruturante para o país”, acrescentou o diretor-geral do CNPEM, Antonio José Roque.

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